quinta-feira, 27 de outubro de 2011
MINHA PARTICIPAÇÃO NA II GUERRA MUNDIAL
UMA IMENSA HONRA PARTICIPAR DESSA VITÓRIA DA
FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA
No vale do Rio Pó, o 1º Grupo de Aviação de Caça teve um de seus pontos altos, principalmente em 22/04/1945, quando destruiu as possibilidades de retirada das tropas alemães.
A IGREJA DE CRISTO E A NOSSA BANDEIRA, ESTA REPRESENTANDO A PÁTRIA DISTANTE, NÃO PODIAM FALTAR UM SÓ INSTANTE.
Os capelães acompanhavam a tropa, como pastores de alma, alentando na frente de combate e nos hospitais os feridos e doentes, assim como celebravam missa nas oportunidades adequadas.
DOIS GRANDES SUSTENTÁCULOS PARA A VITÓRIA: A FÉ EM DEUS E O PENSAMENTO NO PAVILHÃO SAGRADO.
O Brasil se preparava para, possível ou certa, participação na luta ao lado dos Estados Unidos, Inglaterra e França, esta em certa altura praticamente dominada. Nosso povo iniciou campanhas para o esforço de guerra. Os “Diários Associados”, uma iniciativa do inesquecível jornalista Assis Chateaubriand. A borracha resultante do exausto trabalho dos caboclos seringueiros não era suficiente. A gasolina foi racionada e os carros foram adaptados no porta-malas, à maneira de fogões, para o gasogênio. Escolares eram vistos transportando panelas e outros utensílios de alumínio para depositar em pirâmides que se formavam em praças. O mesmo ocorria com pneus velhos. O trabalho das crianças era produtivo. Com que orgulho elas o faziam. As quatro uniformizadas acabavam de “rolar” pneus para a pilha, que era recolhida por caminhões do Exército. O ufanismo, pelo sorriso, era a satisfação de contribuir para glória do Brasil, que viria afinal. Alguns aviões foram conseguidos, inclusive um deles foi doado à Aeronáutica por intermédio da Sociedade Universidade Augusto Motta - SUAM.
Num crescente, todo o país, sobretudo o Rio de Janeiro como Capital Federal, viu-se envolvido numa atmosfera em que o ar parecia cheirar à pólvora. O jornalista Joel Silveira, como correspondente de guerra, desenvolveu magnífica atuação com reportagens bem feitas.
Muitos detalhes que eu gostaria de já relatar, estão consignados num esboço de trabalho exclusivo sobre a Força Expedicionária Brasileira. e toda a sua legislação, mostrando a diferença entre a Censura geral e a Censura de Guerra, de importantíssimo desempenho na defesa de uma nação ou de países aliados, como foi nossa participação na II Guerra Mundial.
Dos 370 aspirantes de Infantaria, fomos convocados 150 para o 1º Escalão, pela Portaria nº 7.560, de 15-XII-1943, de acordo com o Decreto 10.451, de 16-IX-!942. Recebida a convocação, tivemos de providenciar o uniforme cinza para nos apresentar ao ministro da Guerra, general Eurico Gaspar Dutra. Entretanto, fomos recebidos pelo coronel Bina Machado, chefe do Gabinete.
Ao chegarmos, houve uma chamada geral. Terminada, com as 150 fichas na mão, disse-nos o coronel que, por sorteio, 15 de nós seriam destacados para o 1º Grupo de Censores de Guerra, após um curso de dois meses. Ao retirar as quinze fichas, meu nome estava numa delas. O coronel nos disse que era permitida a permuta, sendo que uns três ou quatro o fizeram. Como além de procurar me aproximar do certo, não gosto de modificar o destino que me é traçado por Deus, permaneci entre os quinze. Perguntou o coronel: “Qual de vocês é o mais antigo?”. A resposta foi uma só: Todos somos da mesma turma, no que ele concluiu: “o mais antigo é o melhor colocado”. Dos 370 eu era o 14º, mas dos quinze era o de melhor posição. Isto definido, o coronel disse-nos: “Durante o curso você será o chefe, até que haja a classificação pelo aproveitamento. Habituado a enfrentar os desafios, estudei com afinco durante os dois meses e consegui manter minha condição de chefe. Em meio às aulas de algumas especialidades do Direito e de Português, aprendemos a distinguir um ponto gramatical de um ponto código, época em que sobretudo os japoneses eram mestres em códigos, quando num aparente ponto gramatical transportava uma considerável mensagem com informações de saída, rota, destino de navios etc.
Em 1944, Nápoles era um porto bem castigado pelos bombardeios aéreos noturnos. O inverno rigoroso em novembro e dezembro sacrificou muito nossas tropas.
“A quinta-coluna seguia os nossos passos, noite e dia, com uma espionagem que tinha olhos por toda parte. Nossos navios continuavam a ser torpedeados. Os boatos mais infames se infiltravam até o interior das casernas e dos lares dos expedicionários. Houve começo de tumulto.” como declarou, em seu livro - “Luzes sobre memórias” - o então Cel. Lima Brayner. Só Deus e uns poucos podem aquilatar o valor da censura de guerra.
No livro que pretendo publicar, irei narrar o mecanismo da censura no dia a dia, durante um conflito bélico, todos os seus atalhos e porque, embora ela seja bem diferente da censura conhecida na sociedade, aquela sofre discriminação. A de guerra é estritamente necessária porque é a base da segurança de um exército em deslocamento ou em combate.
Para comandante da Força Expedicionária Brasileira foi nomeado o general João Baptista Mascarenhas de Moraes, um dos mais brilhantes oficiais de nossas Forças Armadas. Foi um extraordinário maestro de uma orquestra que soube afinar.
O HOMEM E O SEU MELHOR AMIGO MUITO SE COMBINAM;
ATÉ NA MARCHA DE DESPEDIDA OS PASSOS ESTAVAM AFINADOS.
Além dos então 21 estados, o Distrito Federal contribuiu, em praças, para a organização da FEB, com 26 % do total. Daqui partiu, para a vitória, a Força Expedicionária Brasileira. Desfile, em 24 de maio de 1944.
A presença da mulher brasileira na História do Brasil vem de longa data. Com cadência, espírito elevado e confiança no seu desempenho, as Enfermeiras da Força Expedicionária Brasileira, marcham garbosamente pela Av. Rio Branco, no dia 24 / 05 / 1944, em despedida, rumo à Itália. Estavam todas impregnadas do espírito de Ana Nery, nascida na Bahia, em Cachoeira do Paraguaçu, no Recôncavo, e que na Guerra do Paraguai, terminada em 1° de Março de 1870, recebera o título de “Mãe dos Brasileiros”. É a Matriarca da Enfermagem no Brasil.
Nossa Senhora da Glória a abençoa e Deodoro a saúda.
Desfile da Força Expedicionária Brasileira, no dia 24 / 05 / 1944, antes da partida.
SOB O OLHAR DE DEUS
BELEZA, HISTÓRIA E CONFIANÇA NO BRASIL SE UNEM.
Quanta saudade do garbo das alunas do Instituto de Educação, diante
do desinteresse da mais nobre das profissões.
Por autodisciplina de berço, sem conhecer bajulação, procurava ser ”caxias”.
Sempre com as bênçãos Divinas, “ganhei” confiança dos superiores e dos meus pares. Assim, ocorreu com os olhares de confiança do Chefe do Es-tado Maior da FEB, Cel. Floriano de Lima Brayner,
Em dezembro de 1982, recebi pelo Correio, para mim esta preciosidade, tendo em vista que o Marechal era um dos militares mais corretos que conheci. Um militar de elevado escol.
Seu valor foi imenso, tanto assim que atingiu os maiores postos, no entanto nesse livro ele, por apontar certos erros que não deveriam se repetir numa outra eventual guerra,
foi criticado por aqueles que “enchiam o peito se vangloriando de haverem pertencido à FEB.
CHEGADA A NÁPOLES DO 1° CONTINGENTE DA FEB, NO DIA 16/ 07 / 1944
O general Mascarenhas de Moraes levava o aperto de mão do aliado amigo, valoroso, e que seria o reforço decisivo para a vitória do ideal e paz sobre a ideia de conquista injusta e opressão.
Meio de costas, também cercado por oficiais norte-americanos, vemos o general Zenóbio da Costa quando o tenente-general Jacob Devers, comandante de todas as forças americanas no Teatro do Mediterrâneo, dirigiu-se a bordo para levar os cum-primentos ao general Mascarenhas de Moraes e à tropa brasileira.
COM FÉ EM DEUS E MESCLA DE FORMAÇÃO FAMILIAR OS SACRIFÍCIOS SÃO TRANSPOSTOS
Meus pais souberam dosar a energia e o carinho. Assim, na idade indicada, já sócio atleta do Fluminense Futebol Clube, desde os 8 anos, matriculei-me na Escola de Instrução Militar nº 185 e, após todo o período regulamentar, recebi o certificado de reservista. Todos nós éramos alunos dos mais diferentes cursos universitários ou já diplomados. O horário era de 20 às 22h. Lembro-me de que não faltei sequer um dia. Morador do Engenho de Dentro, viajava de ônibus até o Centro, ou de trem até a Central do Brasil. Lá embarcava num ônibus até o Clube Naval. Praticamente, na porta deste faziam ponto os ônibus da Light, nº 44, que iam até o Cosme Velho. Essas EIMs funcionavam nos Clubes esportivos e grandes Colégios, à semelhança dos Tiros de Guerra que preparavam os reservistas de 2ª Categoria. Para cada uma delas o Exército destacava um 1º tenente e um 1º sargento. Na do Fluminense Futebol Clube, o tenente se chamava Ribamar e o sargento Bispo. Ambos são vistos sentados, à frente do grupo. Eu sou o 3º da esquerda para a direita.
Veem-se a turma de atiradores e os dois instrutores, ao final do curso.
A parte superior da foto, no dia 25 de agosto de 1940, retrata a mesa composta do presidente do Fluminense, doutor Alaor Prata, e de autoridades militares, sendo os dois da esquerda o 1º tenente Ribamar e o sargento Bispo. Ainda são vistos familiares dos formandos. As aulas teóricas eram ministradas na Sede, com os exercícios de ordem-unida feitos no gramado e, aos domingos, no Campo de Gericinó, na Vila Militar. Já se vislumbrava, remotamente, a possibilidade do Brasil participar da II Guerra. Nessa época a Alemanha já fazia seus criminosos estragos.
Pelo fato de haver sido colocado em 3º lugar, recebi do tenente o livro com uma dedicatória, a seguir relembrada.
Como disse anteriormente, eu era reservista de 2ª classe, mas no caso de participar do conflito, seria melhor fazê-lo como oficial. Teria de cursar o CPOR. Nesse ano, a concorrência foi grande. O Exército somente aceitava alunos que estivessem cursando o ensino superior ou já o possuíssem. Mesmo assim, fomos submetidos às provas de português, matemática e conhecimentos gerais. Lembro-me que para fazer a inscrição, às 10h, necessitei na véspera chegar à calçada da Av. Pedro II, na porta do Escola Nilo Peçanha, às 19 h, passando toda a noite defronte do Quartel. Ao chegar, recebi a senha setenta e tantos. O número de candidatos ultrapassou em muito ao de vagas. Parece-me que foram mais de dez mil.
Iniciado o curso, sem faltar um dia e sem chegar atrasado, passei ininterruptamente, todos os dias, por aquele portão. Às 6h, com chuva ou com sol, tínhamos de estar em forma. Os pelotões se colocavam lado a lado. O meu era o 5º, comandado pelo capitão Alamir de Lemos Furtado. Sem diminuição aos demais, entre os colegas fiz bons amigos no extenso período de curso. Simbolizando-os, rememoro o Emerson Santos Parente, valoroso e correto, que ao ser chamado por Deus desempenhava o cargo de desembargador, depois de uma não menos brilhante trajetória de juiz. Passados alguns anos li, no Obituário de “O Globo”, a noticia de sua cremação.
Ao ver o sentinela da foto, lembro-me das ocasiões em que tirei o plantão naquele posto e, muitas vezes, fiz parte da patrulha que mantinha segurança da Quinta da Boa Vista. Certa noite muito fria, um colega que se encontrava de sentinela foi visto, durante a madrugada, sendo protegido pela sombrinha da senhora sua mãe, ao seu lado. Advertidos pelo oficial de dia, a preocupada mãe disse-lhe que seu filho não podia apanhar sereno. O pobre rapaz, com o fato espalhado, ficou conhecido como “Sereno”. Mais tarde fiquei sabendo que ele fora chamado ao céu.
O que a mãe é capaz de fazer para proteger seu filho!
Muitas recordações eu teria a narrar. Quanto à FEB e sua legislação, estão em matéria para um próximo livro, específico acerca do assunto. Os exercícios para a formação de oficiais para a 1ª Divisão Expedicionária eram levados muito a sério. Disciplina e tática eram primordiais.
O garbo da juventude era contagiante. Entoávamos cânticos, dentro de apreciável cadência. Cada Arma tem o seu hino.
Num domingo, em torno das 14h, depois do entusiasmo da marcha “cantada”, da estação ao quartel, colocávamos, após desfeitos os pelotões, os fuzis nos cavaletes. Fui tomado por profunda tristeza. Havia perdido um anel de ouro, de 13 gramas, que minha mãe me havia oferecido no meu aniversário, resultado da fusão de algumas de suas joias de estimação. Ele estava ligeiramente largo. Com a base do fuzil na mão esquerda por muito tempo, não sei como desprendeu-se do dedo. A começar daí, a semana foi de um enorme vazio.
A formatura, mais uma vez, foi no Fluminense Futebol Clube, no dia 27 de outubro de 1944. Concluíram o curso 370 aspirantes. A tristeza foi saber que a maior parte, reprovada, foi para as “fileiras” como soldado, a fim de servir durante um ano.
Graças a Deus, terminei o curso bem classificado. Ele fora intensivo e rigoroso, entretanto benéfico.
Nós os infantes, em maior número, tivemos instruções de cavalaria e, até, boxe treinamos. Fomos preparados para as adversidades.
Certo dia recebi o telefonema de um ex-colega da FEB, informando-me que, ao apanhar seu diploma no Ministério da Guerra, viu o meu lá e que eu deveria fazê-lo, porque a maioria dos agraciados já o havia feito.
Conquanto eu tenha relatado sobre os serviços por mim executados e para os quais me preparei, pretendo mais adiante publicar outro, talvez menor, ilustrado, acerca do meu real desempenho quando subordinado ao então coronel Floriano de Lima Brayner, chefe do Estado-Maior da FEB, sempre combatendo um inimigo camuflado sob o manto de artifícios aparentemente ingênuos e, até, simpáticos e humanos. Enfim, desejo mostrar o verdadeiro papel da censura de guerra, sem confundir com a censura indesejável, maléfica à sociedade democrática. Ambas estão em polos bem distantes.
Dentre muitas homenagens que eu desejo prestar, duas aqui são representativas, o jornalista Assis Chateaubriand e o general Caiado de Castro, comandante do Iº R.I., Regimento Sampaio.
IMPRENSA E FORÇAS ARMADAS FORAM PREPONDERANTES PARA A VITÓRIA DO BRASIL
As heróicas águas da Baía de Guanabara, desde 1º de março de 1565 habituadas a testemunharem episódios históricos, mais uma vez pareciam estar grandemente buliçosas e contentes com o regresso à pátria de nossa gente aguerrida.
O almirante João do Prado Maia participou da 1ª e da 2ªGuerras Mundiais. Foi um brilhante Seguidor de Tamandaré, de Barroso e de outros não menos valorosos.
TODO O PAÍS ESTAVA EM FESTA, SOBRETUDO O RIO DE JANEIRO.
No dia 22 de agosto de 1945, chegava à Baía de Guanabara o navio “Mariposa”, trazendo o general Oswaldo Cordeiro e sua tropa, sendo recebidos pelo presidente Getúlio Vargas, pelo cardeal dom Jaime de Barros Câmara, pelo ministro general Eurico Gaspar Dutra e pelo chefe do seu gabinete militar, general Firmo Freire, que se faziam acompanhar do general Valentim Benício.
A disciplina era rígida. Todos os deslocamentos eram realizados dentro da cronologia estipulada, mas em certos períodos havia expansão ao amor. Muitos de nossos patrícios casaram-se durante a campanha na Itália e, pelo navio Pedro II, de Livorno, chegaram ao Rio de Janeiro, algumas já com filhos. Esse grupo, pelo sorriso, demonstra a felicidade de vir ao encontro de seus maridos, no dia 31 de outubro de 1945..
Praticamente, só os nossos patrícios que tombaram na vida terrena para sempre estavam, na Itália, sepultados no Cemitério de Pistóia.
O Governo Americano, pelo general Dwith David Eisenhower, veio ao Brasil, pessoalmente, trazer o reconhecimento pela excelente participação brasileira na II Guerra Mundial. O general Eisenhower e sua esposa, ao desembarcarem no Galeão, tendo à sua direita o marechal Mascarenhas de Moraes, prestam continência ao Hino Nacional.
PARA COMEMORAR O GRANDE FEITO DO BRASIL, COMO ALIADO DOS ESTADOS DA AMÉRICA DO NORTE, DA FRANÇA E DA INGLATERRA, OS CORREIOS E TELÉGRAFOS EMITIRAM A SÉRIE DE CINCO SELOS.
GLÓRIA
SAUDADE
Como chefe do Grupo de Censores, até devolver o material à Seção do Arquivo do Exército o carimbo visto sobre os selos ficava em meu poder.
INAUGURAÇÃO DO MONUMENTO NACIONAL
AOS MORTOS DA II GUERRA MUNDIAL,
22 DE DEZEMBRO DE 1960.
Ao longo do percurso, Rua 1º de Março, Praça Pio X, Av. Rio Branco, Av. Beira-Mar, Aterro e Monumento, o povo se achava procurando os melhores lugares. Os familiares das vítimas queriam acompanhar o cortejo até os jazigos. Os cadetes das Escolas militares estavam dispostos dos dois lados.
Momento em que o presidente da República, Dr. Juscelino Kubitscheck e seus auxiliares chegavam ao monumento, a fim de paraninfar a colocação das urnas funerárias de nossos patrícios, na segunda guerra, nos jazigos do importante mausoléu. Cadetes, da Escola Naval, da Academia Militar de Agulhas Negras, da Academia da Força Aérea e do CPOR, fizeram ala ao longo da grande Alameda fronteiriça ao Monumento.
O extraordinário monumento, do qual é Diretor o coronel Germano Américo dos Santos, está levantado em área que fora aterrada para a realização do XV Congresso Eucarístico Internacional, em julho de 1955.
No repouso eterno dos heróis da FEB que tombaram, o momento era de saudade, de lágrimas e de reflexão, a par da indispensável oração.
Nós, Oficiais R/2, depois da extinção da Força Expedicionária, tivemos três opções: Curso de Oficiais da Reserva (COR), de dois anos; Quadro Auxiliar de Oficiais; ou licenciamento, com direito à promoção. Com muita fé em Deus, sempre acompanhado dos princípios de berço e da inabalável perseverança, não tinha receio de perder os vencimentos certos, ao final do mês, para enfrentar a vida civil no dia a dia. Sempre fui um fervoroso admirador da vida militar, e não menos do “Príncipe dos Poetas”, Olavo Bilac, que idealizou o serviço militar obrigatório. Dediquei-me ao Curso que eu mantinha.
EM 08 DE MAIO DE 1945, OS ALIADOS COMEMORARAM A VITÓRIA E, NO DIA 18 DE JULHO SEGUINTE, TODO O DISTRITO FEDERAL SE ENGALANOU PARA RECEBER O 1º CONTINGENTE, ENQUANTO O PAÍS INTEIRO ACOMPANHAVA À DISTÂNCIA A GRANDE FESTA.
As heróicas águas da Baía de Guanabara, desde 1º de março de 1565 habituadas a testemunharem episódios históricos, mais uma vez pareciam estar grandemente buliçosas e contentes com o regresso à pátria de nossa gente aguerrida.
Desde o meu pedido de licenciamento, o retorno ao magistério, como repetidor de matéria para os alunos que não conseguiam acompanhar o que lhes era ensinado em turma, em grupos pequenos, vários me foram indicados pelos saudosos coronel Ermenegildo Portocarrero, quando este possuía uma turma no Ginásio 28 de Setembro, na rua Vinte e Quatro de Maio, no Sampaio - fundado e dirigido por outro não menos inesquecível militar - general Liberato Bittencourt - e professor Luiz Mário de Sá Freire Sobrinho. Asseguravam-me um numerário satisfatório, sobretudo porque nunca vi a moeda em primeiro plano. Igualmente, preparava uns poucos alunos para escolas militares.
Não sei se a coincidência de um violento incêndio, pela madrugada, no correr de casas próximas da residência de meus pais, à 1h, quando a parteira me trazia ao mundo, fazendo com que minha mãe me levasse para passar os primeiros momentos de minha vida, para o outro lado da rua, na moradia de um condutor de bonde, deu-me um temperamento irrequieto, com desprendimento e sem medo e sem preguiça, com bastante noção de disciplina. Aprendi a gostar de trabalhar, sobretudo quando há, acima, um ponto fixo no qual esteja um desempenho honesto.
Conquanto gostando da profissão do inolvidável Duque de Caxias, voltei-me a meus alunos.
Sempre fui e sou um fervoroso admirador da vida militar, e não menos do “Príncipe dos Poetas”, Olavo Bilac, que idealizou o serviço militar obrigatório.
As heróicas águas da Baía de Guanabara, desde 1º de março de 1565 habituadas a testemunharem episódios históricos, mais uma vez pareciam estar grandemente buliçosas e contentes com o regresso à pátria de nossa gente aguerrida.
fervoroso admirador da vida militar, e não menos do “Príncipe dos Poetas”, Olavo Bilac, que idealizou o serviço militar obrigatório.
EM 08 DE MAIO DE 1945, OS ALIADOS COMEMORARAM A VITÓRIA E, NO DIA 18 DE JULHO SEGUINTE, TODO O DISTRITO FEDERAL SE ENGALANOU PARA RECEBER O 1º CONTINGENTE, ENQUANTO O PAÍS INTEIRO ACOMPANHAVA À DISTÂNCIA A GRANDE FESTA.
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