segunda-feira, 20 de junho de 2011

INSTITUTO DOS CENTENÁRIOS

Quando a Comissão que erigiu o Monumento-Altar a São Sebastião foi extinta, é evidente que seus integrantes iriam dispersar. As instituições podem perecer, mas surgem para atravessar os anos. As comissões têm objetivos limitados. Na qualidade de secretário-geral, sugeri a muitos que fundássemos uma organização, a fim de se homenagear personalidades, instituições e episódios históricos. Passei a convidar. De cento e vinte, para a reunião,  compareceram cento e seis, incluindo Maria da Conceição (Melucha), eu, o casal de nossos filhos e o futuro genro.
Todos os dias, pela manhã, eu estacionava meu carro na porta do amigo mestre Agrippino Grieco e era “obrigado”a entrar. Quando não o fazia, sua esposa D.Isaura me telefonava dizendo: 0 Grieco mandou lhe pedir para  vir aqui. Ao convidá-lo para ser um dos fundadores do Instituto ele me disse: “Nós somos amigos, confio muito nos seus bons propósitos, mas não acredito que você consiga número suficiente. Hoje ninguém acredita em mais nada.” Isto em 1965.   
Recusou-se a ser um dos fundadores. Quando eu lhe mostrei a quantidade de assinaturas ele se surpreendeu. “Você é um vitorioso”. Animou-se a frequentá-lo.
A Comissão de São Sebastião se reunira no Consistório da Igreja de N. Sra. do Rosário e São Benedito e seu provedor era o grande amigo, sempre admirável marechal João Baptista de Mattos.
Sua filha, brilhante professora do Colégio Pedro II, Umbelina Gomes de Mattos, graças a Deus, muito honesta, pode confirmar os fatos narrados. Quando ele comandava a 1ª Região, isto antes da atual estrutura, eu o apanhava no Ministério da Guerra e, a caminho de casa, deixava-o nas proximidades de sua residência, somente porque ele insistia em ficar naquele ponto.
Quando eu o convidei para ser um dos fundadores, disse-me: “teremos prazer, minha mulher, meu filho, engenheiro, Dr. Nilo Gomes de Mattos, e meu genro, major Job Lorena de Sant´Anna. Agora, não conte com o Consistório porque ele está em reforma, com troca de tapetes e cortinas. Com as reuniões da Comissão ele ficou muito desgastado. Você  terá de procurar outro local.”
 



Fiz um ofício ao presidente do Real Gabinete Português de Leitura, comendador Antônio Saldanha de Vasconcellos, visto na foto à esquerda, e  que colocou sua Casa à nossa disposição.





Iniciei os convites e marquei o dia da Bandeira, 19 de Novembro de 1965, para a fundação da instituição que iria chamar-se dos Centenários.      
De acordo com o estabelecido nas reuniões preliminares, o presidente do TRT, juiz César Pires Chaves, começou a sessão, a fim também de, em meio à cerimônia, passar o cargo ao ministro Venâncio Igrejas, compondo a Mesa, a começar, pela 1ª secretária, professora Zayra Coutinho Chaves Duarte, pelo capitão Airton Oliveira Pinto, representando o governador Francisco Negrão de Lima, o frei Jacinto de Palazzolo – um Símbolo da Ordem dos Capuchinhos e autor de ótimos livros inclusive “A Pérola Escondida”,  Nhá Chica, a deputada Lygia Maria Lessa Bastos, os dois mencionados acima, o comendador Manuel Garcia Cruz - presidente da Federação das Associações Portuguesas, deputado Francisco da Gama Lima Filho - eloquente orador, comendador Antonio Saldanha de Vasconcellos - presidente do Real Gabinete Português de Leitura, e brigadeiro Gerardo Majella Bijos - presidente da Academia Brasileira de Medicina Militar.






Quando foi mencionado o nome do Dr. Nylton,  houve aplausos,   que o deixaram meio acanhado.  Ele é visto entre o jornalista  (de óculos e de terno claro)  Péricles de Barros,  de “O Globo”,  e  o  professor  Felippe  dos Santos Reis.
Sessão de fundação do Instituto, sendo vistos, da frente para  trás, o professor Felippe dos Santos Reis, eu, o jornalista de “O Globo”, Péricles de Barros; na segunda fileira o major Hamilton Dantas Minchetti (de óculos escuros), as  professoras Heliette Auler, Maria Therezinha Tourinho Saraiva e Wanda Paranhos; À esquerda, os jovens namorados Zizi Noronha Fontes  e Eduardo  Joaquim Baptista Filho, que tem à sua  esquerda o doutor Ney Rangel Pacheco, o juiz classista Yolando Pereira de Souza Guerra. O Salão dos Brasões, no Real Gabinete Português de Leitura, mostra uma das partes. O jovem de branco é o Pedro Paulo Martins Berna e o Sr. de terno cinza é o marechal João Baptista de Mattos, provedor da Irmandade N. Sra. do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, da qual me ufano de pertencer desde a década sessenta.

“É  com  justificado orgulho que assumo a presidência do Instituto dos Centenários. Acredito que só possa haver uma explicação para ter sido eleito:A generosidade dos amigos. Aqui há  figuras das mais  expressivas  na vida pública carioca.”
                                                                                                  

Na primeira foto são vistos os doutores jurista César Pires Chaves, Nylton Lago Ilhas Fontes e Venâncio Igrejas e, na segunda, Venâncio Igrejas e César Pires Chaves.

O Dr. Nylton Lago Ilhas Fontes,  fundador do Instituto dos Centenários, agradecendo a presença da seleta assistência  e a atenciosa colaboração do Real Gabinete Português de Leitura, desde o Presidente ao mais modesto de seus funcionários.  Rememorou alguns trechos de seu discurso de fundação do Instituto, ressaltando que a amendoeira plantada em 19/11/1965,  data  da  fundação,  já  começava  a  ganhar  o  seu viço.

Na segunda foto aparecem as professoras Maria Therezinha Tourinho Saraiva, Heliette Auler, Wanda Paranhos e Lygia Maria Lessa Bastos.
As principais flores da Solenidade foram levadas pelo Frei Jacinto de Palazzolo, Superior da Ordem dos Capuchinhos, para o túmulo de Estácio de Sá,  entregues pelas mãos das professoras Threzinha Maria Tourinho Saraiva, de preto, Heliette Auler, Wanda Paranhos e Lygia Maria Lessa Bastos, palma que ornamentara a Mesa. Frei Jacinto   disse: "A emoção me fez  falar. Levarei estas flores com a piedade sacerdotal e com a de carioca pelo coração de 51 anos de vida nesta cidade, ao túmulo de Estácio de Sá. Pedirei ao Padroeiro da Cidade que proteja cada um dos presentes."
Três dias depois “O Globo” publicou nota sobre o destino das flores.
Quase ao final da sessão, o presidente, no espaço entre 19 de novembro de 1965 e 1º  de março de 1966, assina documentos apresentados pela   1ª Secretária da  Assembleia, Profª Zayra Coutinho Chaves Duarte.
São vistos em pé os dois presidentes, César Pires Chaves e Venâncio Igrejas, o Comenda dor Manuel Garcia Cruz, sorridente, e o deputado Francisco da Gama Lima Filho.
A cesta de flores que a Associação dos Juízes Classistas da Justiça do Trabalho ofereceu ao juiz César Pires Chaves, foi por iniciativa deste ofertada à professora Maria da Conceição Noronha Fontes, esposa do idealizador e um dos 106 fundadores do Instituto. Na foto são vistos o comendador Antônio Saldanha de Vasconcellos e o historiador Jorge Cordovil de Oliveira, sob os olhares dos Srs. deputado Francisco da Gama Lima Filho  e  brigadeiro Gerardo Majella Bijos, fazendo  a  homenagem.
Os meios de comunicação eram bem menores. A sociedade era mais fechada. Não havia o uso das fatídicas drogas. O mundo não era tão mercenário e egoísta. Estou simplesmente fazendo uma comparação, num espaço de tempo tão curto em relação a tanta coisa diferente.
COLABORAÇÃO DO INSTITUTO DOS CENTENÁRIOS AO MUSEU HISTÓRICO NACIONAL
Por um problema interno que resultou na carência de funcionários, o acadêmico Josué Motello, diretor do Museu Histórico Nacional, na Praça Marechal Âncora, solicitou a nosso Instituto a colaboração no sentido de que alguns de seus membros, no dia 03/04, das 14 às 17 horas, orientassem a quantos acorressem ao Museu, para uma visita a seu valioso acervo.
Ninguém recebia um centavo.
O  Globo, de 02/04, na Coluna “Rio de Bairro em Bairro”, publica:  Vamos ao Museu Histórico Amanhã? Ao finalizar a matéria, retrata: “Colaborarão amanhã na orientação dos visitantes alguns historiadores  do recém-fundado Instituto dos Centenários. O ingresso no museu   é  grátis. “
Exatamente, às 13,30, estávamos lá para o compromisso. Fiz uma foto,  junto à herma do seu fundador, o acadêmico Gustavo Barroso, dos prestimosos confrades;  após recebermos instruções, procuramos nos desincumbir satisfatoriamente de uma nova experiência, que muito agradou ao ilustre diretor. Do grupo faziam parte, o doutor Nilton Gonçalves, as professoras Maria de Lourdes Loretti Motta,  Nilma Aguieiras Gonçalves,  Edith Cabral da Mota  Silveira,  Maria  de Lourdes Leite da Silva e Deyse Higyno Taveira de Lima e tenente-coronel Hamilton Dantas Minchetti  - natural de Pouso Alegre, Minas Gerais, também advogado, extrovertido, loquaz, versátil, caprichoso,  inconteste venerador de Jesus Cristo, correto nos seus atos, sendo que seu desaparecimento súbito, no dia 5 de julho de 1981, traumatizou todos os seus companheiros  febianos, confrades e amigos. Para entendê-lo, de certa forma, precisava com ele conviver, a  fim de conhecer um bravo numa grande alma. Depois da perda de sua única filha, de 20 anos,  professora, em trágico acidente de ônibus, ficara totalmente desorientado.
Registro Civil das Pessoas Jurídicas do Instituto dos Centenários.
Nunca deixamos de, a cada 20 de janeiro, comparecer ao Monumento-Altar a São Sebastião. O confrade visto no canto à esquerda é o meu inesquecível irmão Alfredo Ilhas Fontes Filho e Melucha e eu estamos na primeira fila, ela de rosa. O número de confrades que comparecia era muito bom.
O Instituto surgiu com um tal ímpeto, que chamou a atenção das autoridades do Ministério da Educação e ele solicitou nosso comparecimento para fazer um convênio de um ano. Disse-nos o Prof. Humberto Grande, representante do Ministro da Educação e Cultura: Vocês estão fazendo sem dinheiro o que nós não conseguimos realizar com todas as verbas. Estávamos o ministro Venâncio Igrejas e eu, o secretário-geral. Disse-lhe: o Instituto ainda não está registrado. O Prof.  declarou-nos:  O Ministério irá depositar na Conta particular dos Senhores e prestem Contas das despesas feitas, isto durante o Ano do Convênio. Nós estávamos em 1966. Como o ministro era do Tribunal de Contas do Estado, o mais lógico foi ficar na Conta dele. Eu nunca admiti dinheiro de quem quer que fosse na minha conta. Contava com a confecção de cartazes feitos no “Diário de Notícias”, cujo exemplo está abaixo e solicitava a colocação deles nas vitrinas de lojas no Centro da cidade.  Os convites impressos em gráfica anteriormente eram pagos por mim. Com o Convênio, eu os pagava e ia ao encontro do Presidente, com o recibo da gráfica, para ser reembolsado.  Isto dilatava muito o meu trabalho, aumentando o desconforto.
Terminado o convênio, recusei-me a renová-lo, mas o  maior problema foi na devolução de uma importância não gasta. A dificuldade foi imensa, muito trabalhosa.
O nº de solenidades que realizávamos era imenso. Chegamos a criar o “Pot Pourri” Literário.
O Mal. João B. de Mattos, o Ac. de Direito Eduardo Joaquim Baptista Filho,  teatrólogo Laudelino G. de Aguiar, Drs. Jorge Geraldo Siqueira de Moraes e  Nilton Gonçalves,  Ac.    de Engenharia Nylton Lago Ilhas Fontes Filho, bibliotecária do Colégio Pedro II, Sra. Iolanda Teixeira Vieira de Andrade e outros não menos considerados eram frequentes. Era habitual, após as palavras iniciais do ministro Venâncio, caber-me fazer comunicações e, às vezes, apresentações, a par de, em algumas ocasiões, agradecimentos. Muitas pessoas, sem que constitua qualquer diminuição, ficam sem referências. De muitas fotos, aqui estão mais duas: Entre os presentes estavam o embaixador Vicente Paulo Gatti, Dr. Eduardo Joaquim  Batista Filho, jornalistas Jota Efegê, e Laudelino Gonçalves de Aguiar, representante da “Folha de  São Paulo”, Gen. Ivo de Almeida Rebello e Sra. Margareth Arnold Rebello, Prof. Amílcar Montenegro Osório e bibliotecária do Colégio Pedro II, Profª Iolanda Teixeira Vieira Andrade, comendador Antônio Cid Lopes e, na 2ª foto, eu quando agradecia a todos.

 
O Instituto dos Centenários, com a coordenação e orientação da Direção, aqui no caso, da Escola, levava autoridades inclusive o Sacerdote para proceder à Bênção e Escoteiros porta bandeiras. O cidadão de óculos era o presidente do Instituto, ministro Venâncio Igrejas. 
Na inauguração da Escola, as professoras designadas para exercerem a nobre profissão posam para minha objetiva.  A Zizi é a terceira à esquerda no primeiro degrau.
Exemplo dos convites que eram feitos no período em que houve o convênio.
O Instituto trabalhava mesmo. Como promoveu festas cívicas !
Na solenidade do primeiro aniversário do Instituto, 19 de novembro de 1966, houve a posse de várias pessoas ilustres. Agrippino Grieco, por não ter sido fundador, tomou posse como sócio efetivo e mais tarde recebeu o Título de Benemérito. Conforme o Estatuto, aprovado em 1º de março de 1966, toda pessoa indicada, se casada, era consultada se seu cônjuge gostaria de acompanhá-la, pelo fato de ser propósito do Instituto não separar casais.    
Assim, ao tomar posse o mestre Agrippino Grieco - visto na foto - sua esposa Sra. Isaura Grieco o fez também. A Sra. Alice Wyllie Saldanha de Vasconcellos (esposa do comendador Antônio Saldanha de Vasconcellos,  fundador), Sra. Clarice Ferreira Flores (seu esposo o  jornalista Hernani da Silva Flores era fundador). Acumulava as funções de Secretário e Tesoureiro do “Diário de Notícias”, professora Alice Ramos Soares, vendo-se em pé os lusitanos comendador Antônio Saldanha de Vasconcellos e o Diretor do “Mundo Português”.
Nossas sessões contavam quase sempre com cento e cinquenta pessoas. A população aumentou, mas o interesse pela matéria encolheu.
O  GEN. JONAS  CORREIA  NETO  FALA  NA  FORTALEZA  DE  SÃO  JOÃO.
Em 30/04/66, iniciando uma série de visitas a locais e a instituições históricas, sem prejuízo das sessões extraordinárias, estivemos na Fortaleza de São João,  ocasião em que o coronel Jonas de Morais Correia Neto,  membro fundador do Instituto dos Centenários, hoje general de Ex. proferiu uma interessante palestra sobre o vínculo da Fortaleza à fundação da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, oportunidade em que, além do presidente ministro Venâncio Igrejas, estiveram presentes o frei Jacinto de Palazzolo; o general Flamarion Pinto de Campos, representando a Liga da Defesa Nacional, o chefe escoteiro Victor Alexander Auguste; o deputado Francisco da Gama Lima Filho; o general Jonas de Morais Correia Filho; a professora Heliette Auler, conduzindo expressivo número de alunos de sua Escola; tenente-coronel Hamilton Dantas Minchetti; jornalista Hernani da Silva Flores e sua esposa senhora Clarice Flores; padre Francisco Leme Lopes que, noutra foto, aparece com o frei Jacinto; a professora Zoraida de Borba Freire Ribeiro e o Sr. Wolfgand Hohn; as professoras Vitoria Maria da Silva Malta, Maria da Conceição Noronha Fontes, Ediith Cabral da Mota Silveira, Maria dos Anjos Aguieiras Gonçalves e seu esposo Dr. Nilton Gonçalves, Profª Helena Peres Parames, representando o Museu da Cidade, o estudante Nylton Lago Ilhas Fontes Filho, hoje um brilhante engenheiro, marechal Floriano Peixoto Keller; e mais um enorme contingente de admiradores da cidade e do brilhante orador que, só pela carência de espaço, seu discurso deixa de ser narrado.   


Transcorria o ano de 1966 e as obras do então Tribunal de Justiça do Estado da Guanabara já se encontravam na primeira laje, quando o desembargador Martinho Garcez Neto, Pres. do Tribunal de Justiça do Estado da Guanabara, convidou para uma visita membros de todos os Tribunais.
No dia seguinte “O globo” publicou aspectos da visita e algumas de minhas palavras. 
Nessa foto aparecem as Profªs Wanda Paranhos, Maria da Conceição Noronha Fontes, Célia Cerqueira  de  Pinho, Adalzira Noronha Fontes,  Zayra Coutinho Chaves Duarte, Edith Cabral da Mota Silveira, Ariosto Berna, Alberto Lima, Maria Helena de Andrade, Amilcar Montenegro Osório, Jorge Tavares, Nelson Ferreira dos Santos, Hilditd de Paula Castro, Ivane Laranjeira, Nilma Aguieiras Gonçalves, Therezinha Maia Carneiro Luz, Laura Fonseca Martinez, Ruzenyr Monteiro, Celeste Aída Vieira, Maria dos Anjos Aguieiras  Gonçalves e Gilda Pinto Rolin, estudante Nylton Lago Ilhas Fontes Filho, chefe escoteiro Victor Alexander Auguste, comendadores João dos Santos Leiria (da Casa de Portugal) e José Pinheiro da Rocha (da Federação das A. Portuguesas e Lusos Brasileiras) e doutores  Jorge Geraldo Siqueira de Moraes (do Clube Municipal), Sílvio Cocchiarelli, Nilton Gonçalves, Ney Rangel Pacheco e mais dezenas e dezenas de pessoas não identificadas.
 “POT  POURRI”  LITERÁRIO
Ao  chegarmos ao final do ano sem que alguns centenários, sesquicentenários e bicentenários tivessem sido comemorados, por falta de tempo, lançamos o POT  POURRI, no Auditório do Palácio do Ministério da Educação e Cultura, realizando numa só sessão várias homenagens, por considerarmos que entre o esquecimento, ou o silêncio, e uma rememoração de cinco a dez minutos, esta seria a melhor alternativa. Era como que um desfile de assuntos e de oradores.  Assim, escolhíamos o tema conforme a preferência do narrador. Aqui está o convite do primeiro:


Nesse ano,  Sua Majestade a rainha  Elizabeth II da Inglaterra e o Príncipe consorte estiveram  no Estado da Guanabara.  No sábado,  10 de novembro,  a  Rainha   depois de um passeio, em carro aberto,  pelo Aterro do Flamengo, teve um programa do qual  fez  parte uma visita à Imperial  Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro.  .
Na foto,  no acesso à Igreja da Glória,  uma senhora do povo se dirige à Rainha,  sob os olhares do  representante do Chanceler brasileiro.  Da esquerda para a direita são vistos o provedor da  Irmandade, publicitário e poeta Pedro de Alcântara Worms;  o capelão padre Feliciano Rodrigues do Nascimento;  um pouco atrás o doutor Luiz Edmundo D’Avila Paes,  diretor do Culto;  a seguir,  o doutor Mauro Viegas,  procurador;  e o vice-provedor doutor Sylvestre Gonçalves da Silva.   
Enquanto a Rainha visitava o Outeiro da Glória, o Príncipe Philip  foi visitar o Estaleiro Mauá, recebendo a Chave do Estado das mãos do Vice-Governador, deputado Lopo Coelho. As principais figuras mencionadas acima integravam o Instituto dos Centenários.
Eu  procurava estar  atento,  além do  objetivo central do Instituto,  a  divulgá-lo  não  só  em nosso País como  no Exterior.  Assim,  em  1968,  encaminhei um ofício  à   S. majestade  Elizabeth  II,  casada  a 20 de novembro de 1947,   com o  esportista,  oficial  de marinha e piloto de aviões Príncipe Philip, Duque de Edimburgo, ofício que foi respondido.   
     





Em 22 / 09 / 1994, minha rainha Melucha, nossa primogênita Zizi e o Eduardo, genro-filho, à porta do Palácio de Buckingham, eram os meus verdadeiros palacianos.











Em 22 de setembro de 1994, Melucha e eu ao sairmos do Palácio de Buckingham, em Londres, em foto de autoria da Zizi ou do Eduardo.







Melucha é vista ao lado de um soldado da Guarda Montada da Rainha.









Melucha, depois da saída do Palácio de Buckingham, posa para minha objetiva, vendo-se junto da guarita o soldado de serviço.







Em 2001, quando publiquei ‘Lembranças do Rio de Janeiro”, doando mil exemplares à Ação Social Frei Gaspar, encaminhei à Rainha um volume, recebendo o agradecimento com a informação de que, pelo fato do livro ser escrito em português, o mesmo ficará no Consulado Britânico.




 


Sua Majestade a Rainha Elizabeth II, depois de 90 anos da independência da Irlanda, é recebida pela presidente Mary McAleese, numa foto de “O Globo”. Não houve unanimidade, por parte dos irlandeses, nessa visita, pelo fato de que houve derramamento de sangue para que a Irlanda conseguisse a independência. Foi depois de nove décadas a primeira visita de um monarca inglês ao país do norte.







Sua Majestade a Rainha Elizabeth II, em foto de “O Globo”, deposita uma coroa de flores em homenagem aos mortos em guerra contra britânicos, em Dublin, em trajes dos pés à cabeça na cor verde, cores do país visitado.







Pela foto e informações de “O Globo”, sabe-se que Barack Obama foi recebido pela rainha Elizabeth II com  grande pompa. Ela acaba de completar 85 anos, em junho de 2011.   




Desde que nos falamos na Imperial Irmandade da Glória, em 1968, e pela sua simplicidade passei a admirá-la e, a Barack Obama pelo seu espírito familiar, a par do democrático também. Na foto, igualmente, de “O Globo”, vemos Sua Majestade, ao lado de Obama explicando algo e, a seguir, Miss Michele e o Príncipe Philip.  


Dentro da programação comemorativa do V Centenário do Descobrimento da América, o Instituto dos Centenários, com o apoio do Clube Naval, promoveu  uma exposição de telas e esculturas. São vistas as Sras. Filomena Soares, Melucha (autora da tela que está na altura do ombro da primeira mencionada), eu e Sonia Maria de Souza Morais, de blusa branca. 

Muitos  eram constantes, outros  menos, no entanto, o  número era   expressivo, a  cada “Dia de São Sebastião”. Os confrades Prof. Haroldo Sumner Negrão; o afilhado do Frei Gaspar, Antônio   Carlos   Lentini; as   Sras. Thereza Lopes e Lígia de Bastos Oliveira; o Gen. Job Lorena de Sant´Anna e o  maestro da   Banda do   Corpo de    Bombeiros, Luiz Vianna ,    não  precisavam       convite.   Lá estavam. 
Quando foi reaberto o problema do Rio Centro,  ao apresentar minha solidariedade a ele, imediatamente, me mandou uma carta muito gentil e explicativa. Sempre foi muito solidário e gentil.

Fiz essa foto que foi publicada no “Diário de Notícias”, no dia seguinte à nossa visita à Igreja N. Sra. da Penna, no dia 11 de setembro de 1966, da mesma forma que realizamos à maioria de instituições históricas da Cidade. Da esquerda para a direita destacamos o Prof. Ariosto Berna, o juiz Dr. Gusmão Alves de Brito, o desportista Silvano Octávio de Brito, os  doutores  José  Ferreira de  Souza  e  Anísio de Lima Fagundes, o almirante João do Prado Maia, o Revmo. Pároco, o ministro Venâncio Igrejas, o jornalista Hernani da Silva Flores, a senhora Maria Vintena da Rocha e o comendador José Pinheiro da Rocha, professoras Dinah do Prado Maia e Conceição Ferreira Fagundes, meio atrás, a senhora Adélia do Prado Maia, as irmãs professoras Maria da Conceição Noronha Fontes e Therezinha de Jesus Noronha Moreira (esta, moradora em Belo Horizonte, de passagem por esta Cidade), e entre elas a professora Maria Iéve Freire e o senhor Vasco da Silva Mello. Não aparecem na foto, mas estiveram presentes, o ministro Álvaro Dias e sua esposa Sra. Marina Dias, os senhores Joaquim de Almeida,  Fernando Ricardo Lopes e Ernesto Nogueira, a professora Edith Cabral da Mota Silveira, a senhora Yára Montenegro Osório, o professor Amilcar Montenegro Osório, o doutor Nilton Gonçalves, a senhora Maria dos Anjos Aguieiras, os jovens Eduardo Baptista, Adalzira Noronha Fontes, Nilma, Nilda, Nilcéia, Nilmar e Nilton Aguieiras Gonçalves, a senhora Lygia Moreira Alves de Brito, o professores Sérgio Lima, Vera Lúcia Pereira e Nemea Pereira, senhora Deyse Lima e  outros  não conhecidos.   
Como devoto  e  irmão de Nossa Senhora e de São Benedito dos Homens Pretos, por discordância com a irregular administração, que se instalou, em 1997, deixei de frequentá-la,  no entanto, tenho no coração a querida Confraria..
IRMANDADE DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO E  SÃO BENEDITO
No dia 25 de março de 1967,  à noite,  violento incêndio destruiu todo o templo propriamente dito e as lojas laterais, inclusive uma casa de pássaros,  restando somente grossas paredes levantadas pelo “suor”  escravo.  A importância da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos era e é tão grande até hoje que, em março de 1808, quando o príncipe regente D. João (D. Maria I  era a rainha, mas, no entanto, doente) desembarcou no Rio de Janeiro (no Largo do Paço e, com a Proclamação da República,  Praça XV, então  sala de visitas do Rio), Sua alteza foi visitar a Igreja. Esse aspecto ficou retratado na tela do inolvidável mestre da pintura Armando Martins Vianna, vendo-se o provedor beijando a mão de D. João, que só foi elevado a rei, em 1816, depois da morte de sua mãe.
No dia do sinistro, minha  mulher e eu estávamos em Belo Horizonte, limitando-nos com o coração “chorando” a  ouvir, pelo  rádio, o noticiário sobre o tristíssimo incêndio.
No dia seguinte,  regressamos ao Rio, sem que, de início,  nada pudéssemos fazer. O nosso estimado marechal  João Baptista de Mattos,  a  quem eu admirava desde adolescente, pois ele era amigo do meu inesquecível pai,  pouco depois,  conseguiu uma sala no primeiro andar, de um prédio da Rua dos Andradas,  de  propriedade do senhor  Mozart de Souza Gama, quase na esquina da Praça Monte Castelo,  para organizar os planos de reerguimento da Igreja.
No domingo seguinte,  entre os escombros e a  Casa Sloper,  improvisando um altar, com uma cruz de madeira queimada (que se acha junto do retrato da Escreva Anastácia, no Museu do Negro, aonde existem peças de suplício, de ferro, que resistiram ao sinistro) foi celebrada uma missa com a presença de grande parte de irmãos de Nossa  Senhora  do Rosário e de  São  Benedito.
À semelhança daquele que se encontra diante do Atlântico, vendo as ondas  maiores e menores mesclarem-se e, a seguir,  espraiando-se na areia,  deixar a beleza sem que o observador saiba naquela resultante quais foram as mais ou  menos destacadas, na tarefa de levantamento, praticamente, do novo templo,  prevaleceu o desejado. Com o marechal  à  frente, a abnegada diretoria,  mesários,  devotos e povo iriam em dois anos chegar à plenitude do objetivo.
Sobretudo desde janeiro de 1962,  devido aos trabalhos da Comissão de São Sebastião, havia um estreitamento de minha  devoção a ela. 
Com muita tristeza, em meio ao fartíssimo material fotográfico, o relativo à aludida  missa e à recuperação da igreja não foram localizados por mim até aqui.
Nesse período a Praça Monte Castelo, junto da Igreja era um verdadeiro “canteiro de obras”. Trilhos imensos se misturavam a outros materiais e a escavações para a construção do Metrô Uruguaiana. Eu senti “de visu” a dificuldade de acesso à Igreja. Em pouco mais de dois anos o Templo estava em condições de funcionamento. Paralelamente, o Museu do Negro, no  2º andar, começou a ser refeito, com peças de suplício danificadas pela temperatura, com lembrança da maldita escravidão e, ainda, a Cruz de madeira queimada que fora utilizada na Missa, o retrato da Escreva Anastácia e outras objetos.      
HOMENAGEM AO BICENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE D. JOÃO VI  E  AO
130º ANIVERSÁRIO DO REAL GABINETE PORTUGUÊS DE LEITURA
Sessão solene  de  homenagem ao bicentenário  de  nascimento de D. João VI e ao 130º aniversário do Real Gabinete Português de Leitura,  realizada em 15 de maio de 1967, promovida  pelo Real Gabinete, presidido pelo comendador Antônio Saldanha de Vasconcellos, e pelo Instituto dos  Centenários, presidido pelo ministro Venâncio Igrejas, tendo a sessão sido presidida pelo embaixador de Portugal, doutor José Manuel Fragoso.
O Salão Nobre, que normalmente é o de leitura,  por ser  mais amplo,  para as maiores festas se engalanara, com as cadeiras dispostas em  semicírculo, a fim de receber  o numeroso auditório.
O professor deputado Francisco da Gama Lima Filho discursou em nome do Instituto dos Centenários. Ele está ao microfone, em foto abaixo.
O Coral da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro contribuiu grandemente para o brilho da cerimônia. 
 Estiveram presentes os Srs. escritor Bianor Penalva Santos, comendadores Antonio de Souza Lemos, Antonio Saldanha de Vasconcellos e Sra. Alice Saldanha de Vasconcellos e João dos Santos Leiria, capitão-tenente Antonio Carlos O. Silva, representante do ministro da Marinha, capitão de mar e guerra Marques Rodrigues, representando a Capitania dos Portos GB e RJ, professores Alberto Lima, Francisco do Canto e Castro, Edith Cabral da Mota Silveira, Zoraida de Borba Freire Ribeiro, Amilcar Montenegro Osorio, Pascoalina Stilben, Edgard Vilas Bôas, Carlos Bivar, representando o Museu da Imagem e do Som, Zayra Coutinho Chaves Duarte, Rosa Lina de Jesus Nunes Passos, Izaura Magalhães, Sônia Maria Cavalcanti Sagulo, José Figueiredo Alves, Amarilis Santos de Carvalho, Feliciano Passos, Clotildes Pinheiro, Alice Oliveira e Maria da Conceição Noronha Fontes, doutores Nilton Gonçalves e Anísio de Lima Fagundes, teatrólogo Laudelino de Aguiar, Clovis Bornay, representando o comandante Leo da Fonseca e Silva – diretor do Museu Histórico Nacional, jornalista Hernâni da Silva Flores, generais Miguel Santos e Ivo de Almeida Rebello e esposa Margareth Arnold Rebello, poetisa Helena Collin, Cel. Damião de Mendonça Santana – bom poeta repentista, Sidônio de Nazareth, José Manoel de Abreu (Zica), Ney Rangel Pacheco, jovem Nilton Lago Ilhas Fontes Filho, Francisco F. Azevedo, desportista Silvano de Brito, José Recine, Wolsgang Holh, Armindo Pinheiro Landureia, João Henriques, Antônio Augusto Ferreira, Adão de Sousa e mais umas duas dezenas não identificadas.

Os dois presidentes, do Real Gabinete e do Instituto dos Centenários.




O orador do Instituto dos Centenários, professor deputado Francisco da Gama Lima Filho.
Todas as nossas cerimônias eram iniciadas ao som do Hino Nacional, cantado por todos os presentes e, em quase todas, os Escoteiros portavam o Pavilhão Brasileiro.      



PREITO  AO  SANITARISTA  CARLOS  SEIDL,  NA  ACADEMIA  DE  MEDICINA  MILITAR.
Aos vinte e nove dias do mês de  maio de mil novecentos e sessenta e oito, a Academia Brasileira de Medicina Militar e o Instituto  dos  Centenários  celebraram a memória do notável sanitarista Carlos Seidl,  tendo  como convidado especial o excelente mestre Agrippino Grieco,  como início das homenagens  que lhe seriam  prestadas,  em 15 de outubro,  pela passagem de seu octogésimo aniversário - pelo quanto realizou pela cultura brasileira.


O presidente da Academia Brasileira de Medicina Militar, brigadeiro Gerardo Majella Bijos, nosso companheiro de fundação do Instituto dos Centenários, e o   presidente deste, ministro Venâncio Igrejas,  fazendo-me como elo, marcaram a sessão solene para as 20 horas, na sede da Academia, na rua Moncorvo Filho. Obviamente, a poesia e as flores estavam completando a beleza da noite. O  brigadeiro Majella Bijos abriu a sessão e passou a presidência ao ministro Venâncio Igrejas. O brigadeiro Bijos, visto à esquerda deixou muita saudade.

O mestre Agrippino Grieco convidado a ser empossado como presidente na Academia Duquecaxiense de Letras e Artes, declarou que só aceitaria se eu fosse o seu secretário e, assim, eu fui ser um dos seus integrantes. Nessa condição permaneci até a morte de meu bom amigo.


O Instituto trabalhou muito, participava de todos os eventos dignos de destaque, isolada ou participativamente. O logotipo do Instituto fora feito pelo mestre da heráldica Alberto Lima.
Com qualquer tempo, às 10 horas, a cada 20 de Janeiro, nós do Instituto dos Centenários estávamos lá no Monumento ao Padroeiro. São vistos, na foto de cima, o maestro da Banda do Corpo de Bombeiros, Luiz Vianna, me cumprimentando e,  atrás,  o  febiano Nélson Martins Torres, o Dr. Henrique Cândido Cavalcanti de Albuquerque, marido da saudosa Profª  Rosah  Faria Cavalcanti de Albuquerque e nora do inesquecível Gen. Aristharco  Pessôa  Cavalcanti de Albuquerque, de perfil o Dr. Anísio Fagundes, a deputada Lygia Maria Lessa Bastos e, na de baixo, o Dr. Píndaro Machado Sobrinho (de óculos), o fiscal de rendas Sebastião da Rocha Pereira, o Gen. médico Chersoneso Galvão (um expert em esperanto), as professoras Zayra Coutinho Chaves Duarte,  Maria Eugenia  Carneiro da Cunha e  Mello e Lígia de Bastos Oliveira, recuado o Aristeo Leite, Prof. das Faculdades de Medicina e de O dontologia. Atrás do Mons. João Barreto Victoriano de Alencar, a Dra. Iêda Beltrão Chaves.        



Graças a Deus meus confrades do Instituto dos Centenários, com qualquer tempo, estavam às 10 horas, sob as ramagens das frondosas árvores do Russel, á minha espera. Na foto de cima, veem-se o frei capuchinho Gaspar de Módica (com a Estola Papal), a Profª Roberta de Saboya R. Cassinelli, o Pe. Sérgio Couto Castro (Pároco da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro), encobrindo o confrade Sebastião Rocha Pereira – que era ou é aniversariante daquela data importante – a Sra. Maria da Penha Gomes dos Santos e o Prof. de heráldica Roberto Costa Lima. Na debaixo, olhando para o lado direito o Dr. Rubem Baptista Chaves, eu voltado para o lado em que se encontrava Mons. João Barreto Victoriano Barreto de Alencar, a Dra. Neyde  Costa de Castro Leal e minha Melucha – Profª Maria da Conceição Noronha Fontes (de bolsa branca). Entre eu e o Monsenhor, ao fundo, está o Dr. Henrique Cândido Cavalcanti de Albuquerque. O mais alto é o sempre admirável general Job Lorena de Sant´Anna e as cinco mulheres são a Profªs. Lygia Maria Lessa Bastos, de calça branca, Thereza Lopes, Lígia de Bastos Oliveira, Hilda Gonçalves e Maína Dalva M. Pinto. Quis o destino, que até certa altura, tivéssemos duas sedes, o Real Gabinete Português de Leiturá e o Salão de Recepções, na parte superior da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, aonde comemoramos o Jubileu de Prata. 
 
MINHA INDICAÇÃO PARA REPRESENTAR O TRT DA 1ª REGIÃO NA UNISERVI
Como um dos fraternos amigos e colegas do doutor Waldir Gonçalves de Carvalho, idealizador da  UNIÃO DOS SERVIDORES DA JUSTIÇA NA GUANABARA (UNISERVI),   ele da Corregedoria da Justiça  do Estado da Guanabara  e  eu  do TRT  da  1ª  Região, ex-colegas do Grupo de Oficiais Censores da FEB,  conhecia  sua  luta  pelo ideal de unir todas as Justiças no Estado. Consideráva-o um idealista e homem de bem. Não podia  deixar de apoiá-lo e,  por  isto,  ao receber o ofício retratado abaixo,  considerei-me no dever de representar a Justiça  trabalhista  na  nobre  causa,  fazendo grande esforço para corresponder.


 “Teatro há cem anos passados”,  o doutor Lincoln Faria de Moraes pintou em palavras a Cidade de Viçosa,  pela  passagem  do  centenário dessa cidade mineira;  o senhor Manoel Campos dos Santos a  fim  de  rememorar  o Cientista Miguel  Pereira; o general escritor Miguel Santos,  focalizando um vulto do Exército; o jornalista Nelson Gama do Nascimento,  sobre a personalidade do Almirante Frontin;  e  eu  fiz uma síntese sobre o centenário do bacharelato do genial Rui Barbosa e do brilhante médico Pinheiro Guimarães.  Como fecho da sessão, sempre aguardado, o presidente Agrippino Grieco formulou algumas frases sobre cada um dos homenageados e ainda de cinco personagens centenárias da Literatura  italiana.
Nessa sessão, entre os oradores e os que mais assistiram  às  conferências,  cento e sessenta pessoas receberam o diploma comemorativo.
O presidente Agrippino Grieco,  pela imensa alegria decorrente do êxito do evento, redigiu, a seguir, as respectivas atas, com as palavras acima.
Nos dias 02 e  06  de julho, durante as cerimônias dedicadas a Castro Alves,  tomaram posse,  respectivamente,  o casal doutor João Carlos Jacques Mallet e senhora Maria de Lourdes Mallet e senhora Leonor Menezes Goetti e o casal doutor  Pinhas  e  Estela  Scolnik.       
Em outubro  desse  ano, o Instituto dos Centenários compareceu, com um expressivo número,  ao lançamento do livro “O Teatro visto por Dentro e por Fora”,  de autoria de nosso estimado e saudoso confrade Olavo de Barros.  
É sempre prazeroso se ter a consciência de não nos aproveitarmos de quaisquer coisas que não nos pertençam, não nos dobrarmos pela maior importância, andarmos de cabeça erguida sem nos importarmos que,  por inveja ou outro motivo qualquer, um maledicente pense, sabendo que Deus é o maior Juiz que vê todos os nossos atos.  
Jamais abri espaço para que me propusessem qualquer coisa ilegal. Estou entre aqueles que acreditam até prova em contrário, embora observando o que me falam.
No princípio de 1954, meu amigo Dr. Odilon  Braga, político mineiro, entusiasmou-me a concorrer a uma vaga na Câmara de Vereadores, como  companheiro dele à reeleição na Câmara Federal, é óbvio ainda no Rio. As eleições seriam realizadas em outubro. Certa noite estive em sua residência e ele queixou-se de uma dor no ombro. Havia chamado o médico. Retirei-me. Desloquei-me da Zona Sul ao Engenho de Dentro. Ao chegar à casa, a Rádio Nacional,que  à época era muito sintonizada, comunicava o falecimento dele. Fiquei triste por perder um amigo e companheiro de campanha. Na missa de 7º dia, um outro amigo udenista, Mário Martins, convidou-me a formar uma chapa com ele. Juntos, lado a lado, iniciamos   visitas a  amigos  e  a participarmos de comícios promovidos pelo Partido. Sempre sonhei com a moralidade.


Com o suicídio do presidente Getúlio Vargas, em agosto, isto em 1954, os três principais partidos, PTB, PSD e UDN e os menores, isto é, os eleitores, fundiram-se em getulistas e não ge tulistas, sem falarmos nos fanáticos. Houve depredações de escritórios udenistas, porque acreditavam que o presidente Vargas fora ao suicídio levado pelo jornalista Carlos Lacerda  (udenista que emigrara do Partido Libertador) que pela “Tribuna de Imprensa” mostrava os pontos negativos do Governo.
Alguns “amigos circunstanciais” e familiares e verdadeiros amigos, deram-me mil duzentos e tantos votos.
Os votos eram colocados em urnas de lona e no Maracanã, a partir do dia seguinte, sob
a direção do presidente do TRE, as urnas eram abertas diante dos olhares dos fiscais  dos partidos e dos candidatos, com as cédulas individuais derramadas sobre as mesas, os mesários marcavam em grandes mapas os votos das legendas e os nominais. As Seções eram muitas e eu me senti como um peixinho numa banheira dágua. Se durante a campanha eu senti que a política não me agradava, era compensado com a dedicação de muitos amigos. Meus  pais  me davam apoio mas eram contrários. De oitenta e cinco candidatos, do meu partido, UDN, fiquei em décimo primeiro lugar. Ele elegeu oito. Embora nenhum dos meus amigos tivesse pedido qualquer compromisso, senti com eles a derrota, embora depois da morte do Pres. Vargas, eu só torcesse para passar de mil votos, o que ocorreu com mais duzentos e tantos.  Alguns mais próximos, me diziam você não pode fazer campanha sem prometer o possível e o não. Partidos menores elegeram com um terço de meus votos, como ocorreu com um bicheiro da Praça da Bandeira. Eu disse-lhes não vou mudar de comportamento e de parido. Não serei mais candidato. Assim, nem me interessei pelo diploma.
Em 1958, recebi um telefonema do Secretário do partido, propondo que eu concorresse. Disse-lhe que não, e ele respondeu-me: É uma decisão do Partido manter, todos que obtiveram  mais de mil votos, inscritos no TRE. Precisamos contar com a legenda. Disse-lhe: não me con sidero candidato. Não fui ao partido e não compareci a quaisquer reuniões. Somente meu nome figurava nas relações da UDN e do TER, por solidariedade. Depois verifiquei, com poucas variações, que os que votaram em 1954 o fizeram em 1958. Foi uma experiência, um tanto negativa, mas o foi.
Em meio  às comemorações  cen tenárias,  sesquicentenárias etc., de personalidades,  instituições e episódios que marcaram época, dávamos  posse  àqueles cujos  nomes  foram  aprovados em reunião específica. Assim, ocorreu várias  vezes, como na sessão de 12 de julho de 1984, em que o inesquecível professor Francisco da Gama Lima  Filho, um dos maiores oradores das décadas 50, 60, 70 e 80, recebeu os que acabavam de ingressar no Instituto. A cerimônia foi presidida pelo professor Trajano Garcia Quinhões, de terno escuro, que tem à sua esquerda o professor  Gama Lima e, a seguir, o doutor Nylton Lago Ilhas Fontes. À cabeceira da mesa, está o saudoso comendador Antonio Saldanha de Vasconcellos, presidente do Real Gabinete Português de Leitura. À direita do presidente, está o ministro Venâncio Igrejas.  Foi  uma  bela  sessão.
Foram recebidos, oficialmente, pelo fato de que muitos já frequentavam sessões, os professores Adolfo da Rocha Furtado, Jacqueline F. Duarte Cunha, Maria Martha Sampaio Lustoza  Leão,  Braz Francisco Winckler Pepe, Gelsonir Corrêa da  Rosa, Gerardo Majella, Guttemberg Luna Freire, Helena Rangel Luna Freire, Jayme Fernandes Rodrigues, José Geraldo Camargo, Nilda Miranda Corrêa de Souza, Valdir Silva, Sílvia Machado Correia, e Edunilde Marques de Sousa; doutores Aguinaldo Vasconcellos da Cunha, Amério Bispo da Silveira, Assad Mameri Abdenur, Amado Chade Zarur, Alberto Skolnik, Giuseppe Victagliano, Helio Teixeira e  Fernando Jorge Costa de Almeida; senador Benjamin Farah; senhoras Júlia Parente da Rocha Furtado, Debbe Judith Brocolo Noronha, Cordélia Cavalcante Berna; Anna Serena Pepe e Zeliah Teixeira e Maria das Graças;  escritor católico Antonio  Maia; escritor general Antonio de Brito Junior; coronéis Geraldo dos Santos, Tito da Silva Mendes e José Pires; jornalista e poeta Heráclito de Oliveira Menezes;  economista  Inah de Oliveira Menezes; e  padre Anselmo  Morgante.

A seguir, as duas fotos nos mostram parte do  Coral do Instituto de Educação, que brindou a cerimônia com lindos números, e a brilhante Maestrina quando recebia o agradecimento do presidente professor Trajano Quinhões.


O magnífico Coral fora levado pela professora Maria Eugênia Carneiro da Cunha e Mello, que também foi oradora daquela tarde. 
Veem-se abaixo dois aspectos do auditório



Em 1992, pelo fato de seu admirável êxito num evento que lotou a Galeria Borghese, no Shopping da Gávea, quando ela apresentou dezoito telas sob o tema Mulher Brasileira, Paula Fontes e, pouco depois, Paula Baptista Klien, vendeu quase todos os quadros e entre os visitantes estava o Cel. Ae.Jorge Abganem Elael. Dias depois ele me telefonou: “Nylton eu estive na exposição de pintura de sua neta e preciso de um favor. Sou um dos organizadores do Salão de Pintura, a ser realizado no Clube Militar, sob os auspícios da Escola Superior de Guerra; ocorre que o nº de trabalhos é pequeno. Eu preciso que a Paula faça uma tela.” Dada a premência do tempo, telefonei à Paula depois de explicar-lhe a situação. Fiquei muito sensibilizado quando ela me respondeu: “Vovô o tempo é curto mas eu não posso negar nada a você”: 48 h depois me telefonou, informando que a tela já havia ido para ser emoldurada. Que eu a ajudasse a dar o título: Explicou-me que o leão é o símbolo da força e a coruja da sabedoria, ambos separados por um tronco. Disse-lhe: estou pensando e, em menos de um minuto, disse-me “Equilíbrio da Vida”.
Ao centro dos avós Melucha e Nylton, são vistos os também confrades do Instituto dos Centenários Dr. Henrique Cândido Cavalcanti de Albuquerque, Profª Maria Eugênia Carneiro da Cunha e Mello e, do lado oposto, o amigo de todos os momentos, frei capuchinho Gaspar de Módica.          
Essa tela se encontra na residência de sua tia e madrinha Profª Aurora Baptista Filpi.

ANTÔNIO MAIA era um tijucano admirável. Possuia uma cultura invejável e uma enorme capacidade produtiva. Éra um cristão autêntico.
Vizinho dos Capuchinhos, Antônio Maia era uma curiosa figura do bairro. Sua imensa obra tem no catolicismo a magnitude, tendo publicado muitos livros, todos com aprovação eclesiástica. Os volumes do “Pequeno Dicionário de Nossa Senhora”, do “Cânticos do Claustro”, com a apresentação de nosso inesquecível amigo Cardeal Arcebispo de Aparecida, dom Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta, São Sebastião, Padroeiro da Cidade, com apresentação do saudoso historiador Vilhena de Moraes, então diretor do Arquivo Nacional; de São Francisco de Assis, introdutor do presépio, com apresentação de Théo Rangel, ex-secretário da Adoração Noturna e membro do Serra Clube-Tijuca; de Santa Maria Francisca Xavier Cabrini, Padroeira dos imigrantes;  de São Charbel Maklhuf (maronita), com apresentação do valoroso e  saudoso jornalista Alves Pinheiro; de Santa Joana Francisca  Chantal; e  de São Benedito, o Santo Preto.
Em  todas  as  missas  que,  desde 1976, a cada 12 de outubro,  eu   promovia, primeiramente em nossa antiga residência e, depois de 1980, na Capela de São José, da Ação Social Frei Gaspar de Módica, na maioria delas, o escritor Antônio Maia foi  um  ótimo  coadjuvante.
Momento em que, durante uma cerimônia do Instituto dos Centenários, esse  excelente jornalista e escritor, ao lado do frei Gaspar de Módica, passava às minhas mãos “Tijuca, Apontamentos para a História do Aristocrático Bairro”, 1º Volume.
Os tijucanos, os integrantes do Serra Clube e os  confrades do Instituto dos Centenários, no dia 8 de junho de 2000, a par de outras instituições como Clube Municipal e o Tijuca Tênis Clube, tiveram a infausta notícia da perda do  extraordinário patrício Antônio Maia.

No Salão de Pintura do Instituto dos Centenários em conjunto com o Clube Naval, solicitamos a confrades que se revezassem a fim de que sempre ficasse um para orientar os visitantes, pedindo a um funcionário do Clube que fizesse uma foto do grupo em que aparecem da esquerda para a direita os Srs. Pedro Paulo Martins Berna e Victor Augusto Filho, o casal Nylton e Melucha, o jovem Amaro Pedro da Silva, Dr. Henrique Cândido Cavalcanti de Albuquerque, Nelson Martins Torres.  Sentadas:  Rosah Faria Rocha Cavalcanti de Albuquerque, Lígia de Bastos Oliveira e Terezinha Macedo Pires Berna e, em pé, Sonia Maria de Souza Morais e Filomena Braz Soares. Não estão na foto, mas colaboraram, os amigos Hilda Cunha Gonçalves, Isabel Vieira da Costa, Cel. Jorge Abiganem Elael, Mazza Francesco, Maria Eugenia Carneiro da Cunha e Mello, Moacyr Tolmasquim, Roberta de Saboya Cassinelli, Samira Khury de Andrade, Sílvio Macieira, Sylvestre Gonçalves da Silva, Thereza Lopes,  Zayra Coutinho Chaves Duarte e Dino Willy Cozza..
Os  painéis  tinham a disposição vista abaixo. Do lado  esquerdo estava a outra fileira. Num salão próximo estavam outros muitos trabalhos; a maioria, igualmente, de grande qualidade. 


Em março de 1988 tive a  alegria  de  receber o  cartão, retratado abaixo, do general-de-exército Jonas de Moraes Correia Neto, mencionado no início deste blog, quando discursava no Forte de São João, atendendo ao convite do Instituto dos Centenários. Desde a época em que seu inesquecível pai,  muito querido mesmo,  general Jonas Correia Filho nos aproximou, por ocasião da fundação de nosso  Instituto, em novembro de 1965,  embora ele distante do Rio de Janeiro, cumprindo galhardamente suas missões,  permanentemente, distinguia-me com seus amáveis cartões, porque ele não deixava de receber os convites mensais.  Esse,  reproduzido abaixo, serviria para em julho, quando fui submetido à cirurgia cardíaca, na Beneficência  Portuguesa de São Paulo, com a sua ajuda, conseguir sangue para  o  respectivo  banco. Se meu coração sempre teve  memória, passou a tê-lo de forma maís ampla. Jamais o esquecerei.
No cartão abaixo, quando estava comandando a Região Sul, comunicava-me que, a partir de dois meses, estaria comandando a Região Sudeste, com sede em São Paulo. Nessa ocasião eu jamais poderia supor que em julho seguinte precisaria ser submetido a uma cirurgia cardiovascular. Eu estava recém operado quando uma jovem enfermeira, disse-me: Os pacientes residentes em São Paulo
precisam conseguir vinte doadores de sangue e os  não residentes no Estado dez
A princípio tive aquele impacto. Estava me visitando um concunhado e confrade no Instituto, que fora residir na Capital paulista e eu me lembrei do amigo Gen. Jonas, pedindo ao Ney Rangel Pacheco que fosse ao Quartel procurá-lo.
No dia seguinte à noite, um companheiro que aguardava a cirurgia, bateu na porta e disse: Nylton, visita para você. Respondi, por favor.   Para minha surpresa entrou fardado o General, acompanhado de seu chefe de gabinete, Coronel João gonçalves Soares.
Fui submetido a duas safenas e uma mamária, e ainda não estava em condições de me levantar. Disse-lhe General, lamento os senhores estarem em pé e eu deitado. Disse-me fique tranquilo, vamos colocar a conversa em dia, o que eu desejo é vê-lo bem. É não lhe cansar. Quanto ao sangue eu não posso forçar nenhum dos meus subordinados a irem ao Banco de Sangue, mas vou pedir. Dois dias depois fui informado de que o número superou o esperado.
Quando regressei ao Rio solicitei a ele que me desse todos os nomes, dos doadores.  Fiz um ofício e o mesmo foi publicado no Boletim do Quartel.


Como é bom ser correto e tratar todo mundo bem. Ser educado (não bajulador) e ter amigos.
A  professora Zizi Noronha Fontes Baptista  entregava os diplomas ao ilustre e estimado casal professor doutor Eliasar Rosa e senhora Gilda Reis Rosa.

Devido ao enorme número de fotos e outros documentos escaneados, o meu computador já  demonstrava  uma certa lentidão,  mas,  pela  quantidade ainda  merecedora de ser inserida na memória da CPU, dei  continuidade,  pela teimosia,  até  o extremo.
Já naquela época,  uma professora me fez  a  pergunta:  “O  Sr.,  diante de tanto esforço,  não considera o resultado insuficiente?  Deveriam estar  nessas  solenidades,  de 150 a 200 pessoas!”  Respondi-lhe:  “Alguns companheiros  consideram  um  milagre o que eu consigo;  o importante é que cada um faça algo.  Não  importa  o  número  e  sim  que  não  fiquemos  parados.” O Prof. Dr. Eliasar Rosa foi um dos luminares do Direito Civill e foi Reitor da Universidade Gama Filho. Meu genro-filho Eduardo Joaquim Baptista Filho foi seu discípulo, estagiário, colega de escritório e sobretudo amigos.
Nessa cerimônia, várias pessoas tomaram posse, inclusive Melucha entregou os diplomas ao embaixador Vicente Paulo Gatti e à embaixatriz Regina Gatti. Vários casais tomaram posse, todos indicados por diferentes confrades. Não faltavam flores, números de declamação e, inicialmente, o canto do Hino Nacional e a participação de pelotões de Escoteiros.   

AGRIPPINO  GRIECO  FOI  UM  DOS  PATRÍCIOS  QUE  MAIS  LERAM  E  ESCREVERAM.  FOI  UM  CRÍTICO  MORDAZ.  CARLOS  LACERDA  ERA  SEU  ADMIRADOR.

Para mim foi uma honra haver convivido com ambos; mais com o Agrippino Grieco, inclusive porque demonstrava ter muita confiança em mim. Certa ocasião alguns amigos resolvemos le vá-lo a Paraíba do Sul, sua terra natal. Éramos uns oito, inclusive um juiz de Direito. O embaíxador Donatello Grieco, seu filho mais velho, estava presente na Rodoviária embora não fosse viajar. Seu pai não havia passado bem a noite devido a uma hérnia. Foi levantada a ideia de ele não ir, inclusive do embaixador. Fiquei constrangido quando ele disse: A palavra final é do Ilhas. Obviamente, que eu desaconselhei a que ele fosse. Levávamos a placa para ser colocada na rua em ele nascera. Ela foi afixada na coluna, junto da porta.  


Para mim essas palavras de Agrippino lavradas nesses e noutros livros, sabedor de que muitos pagariam para ter um elogio dele, e que não haveria quantia para uma tal pretensão, ele as fazia de forma espontânea.





AGRIPPINO  GRIECO  COMPLETA  OITENTA  E  UM  ANOS
Depois de mensalmente fazermos uma  comemoração às efemérides do ano,  no dia 15 de outubro de 1969, octogésimo primeiro aniverário do presidente Agrippino Grieco, muitos de nós fomos levar ao autor da  Evolução da Poesia Brasileira a Condecoração de São Sebastião,  que lhe fora conferida  pela Comissão que levantara o Monumento.  Às  10 horas,  comparecemos à rua Castro Alves,  nº 86.  O professor Ariosto Berna foi o portador da Comenda. Falaram diversos oradores, sendo que eu representando o Instituto dos Centenários e,  sobretudo,  como ex-secretário da Comissão de São Sebastião.  O estreito corredor entre sua casa e o vizinho era pequeno para abrigar o numeroso grupo de amigos e admiradores do Mestre.  Nas fotos, entre muitos presentes, aparecem a professora Maria da Conceição Noronha Fontes e sua neta Ana Paula Fontes Baptista no momento em que ofereciam flores ao casal Agrippino e  Isaura Grieco,  sob os  olhares do brilhante jornalista Sérgio Cabral;

 Nesta foto, o professor Ariosto Berna se prepara para colocar a comenda no pescoço do agraciado, diante do casal Ilhas Fontes, que tem à direita a poetisa (mantenho a tradição) Helena Collin e a senhora Gioconda Grieco Santana (de colar). Infelizmente, muita gente ficou no passeio.
Falaram o saudoso jornalista Nelson Gama do Nascimento, visto na terceira foto, o Juiz da 1ª Vara de Família, doutor Paulo Malta Ferraz, que não é visto em nenhuma desta sequência. o professor Antonio Serapião, vizinho defronte - dos mais estimados e respeitados no bairro e adjacências.   
Outro, muito querido, coronel Damião Mendoça de Santana (poeta repentista), um dos expoentes das letras e,  finalmente,  o  Gigante das letras pátrias agradeceu a quantos foram abraçá-lo.  A professora Zayra Coutinho Chaves Duarte, o  naturalista Antonio Monteiro e o poeta Elias da Silveira Lobo participaram da  significativa   homenagem.


















Em junho de  1996,  no regresso da  Itália, o querido  frei Gaspar  surpreendeu-me  com o   presente  da  Bênção  Apostólica  abaixo  retratada:









O GENERAL JOÃO BAPTISTA DE FIGUEIREDO E DONA DULCE INGRESSAM NA IRMANDADE SENHOR DO BONFIM E NOSSA SENHORA DO PARAÍSO, ANTES DE SUA POSSE NA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA.    
Em meio aos cumprimentos, discursamos, o comendador Antonio Saldanha de Vasconcellos, o vice-provedor Carlos Gonçalves Fidalgo e eu, Dr. Nylton, como presidente do Instituto dos Centenários - ofereci ao futuro presidente da República uma foto, em tamanho 24x30, tirada em 1946, onde estão retratados seu saudoso pai, general Euclydes de Figueiredo, o presidente Eurico Gaspar Dutra, o general Álcio Souto e o ex-presidente Washington Luís que acabara de chegar do exílio, após concessão de anistia pelo presidente Eurico Gaspar Dutra.
Nesse dia,  25 de junho  de 1978,  o  general  João  Baptista de  Figueiredo,  candidato  da  Arena à  sucessão presidencial,  e  sua  esposa  D. Dulce Maria de Castro Figueiredo,  após  a  missa, celebrada pelo provedor monsenhor Fernando Ribeiro e co-celebrada pelo padre José Quadra, às 1lh50m,  receberam a opa  e  a  capa, o  título de  irmãos  da  Irmandade do  Senhor  do Bonfim  e  Nossa  Senhora  do  Paraíso,  em  São  Cristóvão,  bairro  em que o general  nasceu.    
       
O Globo fez  uma  grande reportagem, no  entanto somente  uma  parte é reproduzida.
Estiveram  presentes o governador Faria Lima,  o prefeito Marcos Tamoyo,  o ex-governador  Chagas Freitas, o senador Gilberto Marinho, os deputados Francisco da Gama Lima Filho, José Pinto e Erasmo Martins  Pedro,  o ex-ministro Mário Andreazza, o doutor Roberto Marinho, o general Floriano Moura Brasil Mendes e sua esposa Sra. Hermé, as professoras Maria da Conceição Noronha Fontes (ela e eu da Irmandade) e Zayra Coutinho Chaves Duarte, os doutores José Ferreira de Souza, Sylvestre Gonçalves da Silva, Sylvio Cunha e Lincoln Faria de Moraes, o almirante Sílvio Heck,  o desembargador Christovam Breiner, o comandante Dino Willy Cozza e sua esposa professora  Dayse  Cozza,  o  escritor  Guilherme de Figueiredo,  irmão do general  Figueiredo e, além dos mencionados,  outros  membros  do  Instituto  dos Centenários  e da  Liga da Defesa Nacional,  a  par de  integrantes da  Irmandade.
Na Sacristia, o Gen. Figueiredo me perguntou se a foto era uma insinuação a ele. Por conhecê-lo desde a época  de coronel no 1º RCD e ser um apreciador de seu saudoso          pai, de toda a Família Figueiredo, pelo espírito de liberdade com responsabilidade, disse-lhe que não, mas no fundo havia certa analogia. A foto relembra o momento em que conversávamos. As mãos eram de confrades querendo nos cumprimentar.
Seria o último presidente do período militar, começado em 1964 e, assim, já se vislumbrava nele um governo de transição. Ao agradecer, com palavras simples, como carioca, demonstrou conhecer bem o Rio de Janeiro, inclusive o bairro de São Cristóvão, seu berço. Foi muito aplaudido. Também estavam presentes os confrades, Profs. Alberto Lima e Ariosto Berna.








Cel. Ex. Renato Ribeiro da Silva e Sra. Célia constituem um Casal que jamais poderei esquecer. Ele foi o último Comandante comissionado do Corpo de Bombeiros. O trabalho social de sua Esposa é lembrado por quantos passaram pela admirável Corporação naquele período. Os dois sabem mesclar disciplina, educação, respeito, humanização, fraternidade, probidade e todas as boas qualidades imagináveis. É um evangelizador nato.

Em 1988, fui acometido de um herpes zoster, mal que não é transmissível mas muito dolorido. É a destruição da bainha de mielina, em outras palavras, o extermínio do invólucro dos nervos num tronco nervoso. O meu foi na região intercostal esquerda. As dores são lancinantes. O saudoso Dr. Rubem Chaves, também farmacêutico, trouxe ao nosso apartamento uma solução adequada ao alívio de algias. O Cel. Renato, absorvido com suas atividades profissionais, porque sempre foi muito responsável, veio à nossa casa trazer uma revista de ervas medicinais, com um capítulo dedicado ao meu problema. Posso esquecer, com muita gratidão, de um amigo desta estirpe ? É óbvio que não. Não há importância material, a maior que seja, acima de um tal gesto.

Constantemente, como integrante do Instituto dos Centenários e da Liga da Defesa Nacional eu era convidado a falar em determinado ou (s) pontos do itinerário da Corrida do Fogo Simbólico da Pátria. Quatro vezes falei no 3º COMAR. Durante algum tempo eu era o representante da Liga na Barra da Tijuca. Reuníamos no Adro da Matriz de São Francisco de Paula, com a participação de pelotões das Escolas do Bairro.  
  
Sem  diminuir os  demais,  foi  uma  ótima  escolha, do Dr. Dagmar Chaves, renomado médico e fervoroso Anchietano, que passou pela presidência do Instituto dos Centenários, dar posse ao Gen. Humberto Peregrino, assim como ao Prof. Dr. Dahas Zarur e a outros valorosos patrícios, mantendo sempre a nossa ida ao Monumento Altar a cada 20 de Janeiro.
Dia 20 de Janeiro de 1984,  às 10 horas,  homenagem  a  São  Sebastião:




Considero o Pe. Robson de Oliveira, um sacerdote idealista, expoente na evangelização e, possivelmente, por acompanhar meu trabalho, pelo blog, já há algum tempo propiciou a reciprocidade fraterna.
Realmente, este Jovem missionário de Cristo merece apoio. Sua obra é extraordinária.


O Instituto gozava de tanto prestígio que era solicitado, por baianos residentes no Rio de Janeiro, a interceder junto a S. Ema. o Cardeal Primaz para elevar Cachoeira do Paraguaçu  à Categoria de Diocese.     
O inesquecível Cardeal  Dom Avelar  Brandão Vilela, Primaz da Bahia, nos  respondeu  com  as  palavra

A jovem Therezinha  Maria Fontes Santos, brilhante aluna do Instituto de Educação, minha  primorosa  sobrinha, à época  namorada do não menos admirável aluno do Colégio Militar, Hamilton  Lima da    Rocha Calado, e  hoje   Cel.   Ex. instrutor da Escola   Superior de Guerra,
declamou o Hino Nacional Brasileiro. Ambos são os pais de meu neto, pelo coração, H.L.da R. C. Jr. , Cel. Ae. que, com a também jovem pediatra Dra. Nelsimar Noronha Callado, depois de duas belas meninas, foi contemplado por Deus com o robusto Felipe.

Em 12 de outubro de 1988, em agradecimento a Nossa Aparecida, pelos bons resultados alcançados na minha cirurgia cardiovascular, realizada em São Paulo, minha filha Zizi e meu genro-filho Eduardo providenciaram uma Missa no seu Condomínio. 
Alguns aspectos relembram o evento:  Melucha  e  eu,  em  pé,  acompanhados  dos  amigos  Dr.  Henrique  Candido  Cavalcanti de Albuquerque  e  sua  esposa  Profa. Rosah  Faria  Rocha Cavalcanti de Albuquerque;  os  excelentes  cardiologistas Drs.  Paulo  e  Maria  Ancilla  Moura  e  eu  ao centro.




 A Dra. Maria Ancilla (de cinza), abaixo de Deus, me ajudou muito, por isto meu coração tem melhor memória. O casal hoje reside em Brasília. Na 1ª foto, Frei Gaspar celebrava a Missa
Todas as manifestações; todos os meus amigos sabem que jamais insinuei qualquer palavra a respeito de minha trajetória. No entanto, ao ver as gavetas cheias de documentos que me foram enviados e eu, simplesmente os guardei, verifiquei que não seria mal fazer um blog.
Essa cartinha que minha primogênita neta, de Bariloche me enviou, valendo mais do que qualquer quantia em dólares, a coloco neste blog. NoInstituto ela me ajudou muito.

Todas as manifestações; todos os meus amigos sa bem que jamais in sinuei qualquer paIavra a respeito de minha trajetória. No entanto, ao ver as gavetas cheias de documentos que me foram enviados e eu, simplesmente os guardei, verifiquei que não seria mal fazer umblog.
Essa cartinha que minha primogênita neta, de Bariloche me enviou, valen- do mais do que qualquer quantia em dólares, a coloco neste blog. No Instituto ela me ajudou muito.
No dia 20 de janeiro de 1993, diante do monumento, tomou posse no Quadro de Membros Efetivos do Instituto dos Centenários, o coronel BM Milton Luiz Portella Leitão, visto na foto abaixo (de palitó branco e sem óculos), e, no dia 1º de março, respectivamente, ascenderam à presidência e à secretaria-geral do Instituto dos Centenários os coronéis Nilton de Barros Júnior e Portella, (mencionado acima); à sua direita o Prof. Haroldo Sumner Negrão e atrás o Prof. Victor Auguste Filho. A seguir, o general Job Lorena de Sant’Anna, o frei Gaspar de Módica e a professora Maria da Conceição Noronha Fontes.
Comemoração do vigésimo quinto aniversário do Instituto
Foram utilizados os dois salões: O Santos Dumont para a cerimônia cívico-cultural e o de Recepções para a confraternização Na impossibilidade de exibir muitas fotos, vou fazê-lo, na sequência, com algumas. Na mesa dos trabalhos, ao centro, está o presidente, doutor Nylton, à sua direita o monsenhor João Barreto de Alencar, representando sua eminência o senhor Cardeal dom Eugenio de Araujo Sales, o coronel João Severiano da Fonseca Hermes Netto, o comendador Antonio Saldanha de Vasconcellos, representando o Real Gabinete Português de Leitura e o doutor Sylvestre Gonçalves da Silva. À esquerda do presidente, estão os saudosos doutor Wilson Cezar, juiz da Irmandade de Nossa Senhora e São Benedito, e o frei capuchinho Antonio Kerginaldo Memoria, orador. O maestro Mario Tolla estava ao microfone, sendo vistos muitos integrantes do Coral do Clube Militar.

Mais alguns flagrantes da reunião:                 







Uma visão de parte do auditório:


Veem-se, na primeira fila, o general Floriano Moura Brasil Mendes e a empresária Ligia de Bastos Oliveira. Na segunda fila. o casal doutor Henrique e professora Rosah Cavalcanti de Albuquerque que tem ao seu lado a professora Samira Khury de Andrade. Em primeiro plano, isolado, vemos o professor Haroldo Sumner Negrão. Os confrades Henrique e Rosah e seus dez filhos que, durante mais de doze anos, foram muito úteis ao Instituto e, por isto, o par foi convidado a cortar o bolo.


Estávamos atentos à fazer a relação dos merecedores a diploma, com as fotos principais eventos ficassem inseridos na memória dos, merecidamente, agraciados, fiz com que as fotos do Real Gabinete Português de Leitura e da Igreja Nossa Senhora. do Rosário e São Benedito do Homens Pretos servissem de fundo.

Quando pensei em fazer o Blog, com assuntos mais diversos, fiquei admirado com o quanto produzimos.
SESQUICENTENÁRIO DA REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1842

Em comemoração ao Sesquicentenário da Revolução Liberal de 1842, o Instituto dos Centenários, o Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, presidido pelo general de Exército Jonas de Morais Correia Neto, e o Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba (SP), presidido pelo professor Adilson Cezar, realizaram uma exuberante tarde cívico-cultural no Salão Santos-Dumont, no dia 30 de junho de 1992.
 
À direita, vemos o erudito e admirável general Jonas Correia, escolhido pelas três instituições para orador. Ao microfone, ele disseca o assunto que tão bem domina, para uma ótima assistência muito contente. Por muitas vezes ele discursou lá. O professor universitário Adilson Cezar, não só como um autêntico mestre, é um propulsor de assuntos ligados à Marinha e desenvolve em Sorocaba um programa cultural extenso, a par de suas lides cívicas. Ele e sua senhora Dorotéa deslocaram-se ao Rio de Janeiro a fim de participar dessa magnífica tarde.

ARNALDO NOGUEIRA FOI UM PATRÍCIO QUE NÃO PODE SER ESQUECIDO.
Além de estimá-lo na condição de ótimo amigo, nessa última carta que ele me mandou o adjetivo me qualificando como amigo, deixou-me mais sensibilizado. Durante tempo o em que esteve em Londres, à frente da BBC para nosso país, mandou-me cartas amáveis. Aqui, foi diretor da “Rádio Nacional”.
EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA SOBRE O RIO NO CARREFOUR
Uma das maiores exposições fotográficas feitas por mim, esta a pedido do engenheiro doutor Alaor Farias Santiago, quando comemorava a “Quinzena da Barra”, foi no Carrefour, justamente na então loja que viria a ser ocupada por uma importante empresa. Não é demasiado registrar que a realizei, como todas, só por amor ao Rio de Janeiro, gastando o pouco que fosse com recursos próprios, isto sem falar na ajuda, permanente, de minha mulher e de minha filha, respectivamente, professoras Maria da Conceição Noronha Fontes e Zizi Noronha Fontes Baptista e, nesta, de uma funcionária da Região Administrativa. Quanto à afixação das fotos, houve também a colaboração da professora Aurora Baptista Filpi. Na oportunidade, em diversos painéis, expus cinco ou seis fotos, em ordem cronológica, de cada uma das instituições históricas. Houve enorme interesse público e, por iniciativa do Administrador, vários cadernos de papel almaço registraram, em oito dias, muitas centenas de assinaturas.
Dias depois recebi o ofício demonstrado acima.
Sem sobrepor aos demais confrades, sobretudo fundadores, foi uma correspondência das mais honrosas, acima da maior condecoração.



Abro um espaço no assunto para reproduzir seu necrológio publicado n’O GLOBO, de 31de janeiro de 1998, dias depois de deixar a vida terrena, no dia de São Sebastião. Foi uma coincidência do destino, pelo fato dele haver sido um dos baluartes para que o monumento ao Padroeiro da Cidade fosse concretizado.
“General Jonas Correia, de 94 anos
O general Jonas de Morais Correia Filho tinha especial orgulho de sua medalha da Ordem Nacional do Mérito Educativo. Isso porque dedicou toda sua carreira à educação. Contador, guarda-livros e bacharel em direito, foi como professor de português e literatura que o general conquistou gerações de alunos. Foi subdiretor de ensino do Colégio Militar e professor da Escola Militar de Realengo e da Escola de Intendência do Exército. Funcionário do Banco do Brasil, ele escreveu um livro que durante 40 anos foi um “best-seller” entre os candidatos que prestavam concurso para trabalhar em bancos: ‘‘Contabilidade bancária’’.
O general foi diretor do Departamento de Educação Primária do antigo Distrito Federal, de 1940 a 1942, secretário-geral de Educação e Cultura de 1942 a 1945, e deputado constituinte em 1946 pelo PSD. Em 1942, fez uma reforma no ensino primário considerada por especialistas como uma das mais avançadas que o Brasil já teve. Era membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da Academia Brasileira de Filologia e da Associação Luso-Brasileira de Letras entre outras.
Jonas Correia escreveu livros como ‘‘Uma prisão de Floriano’’, ‘‘O espírito de Caxias’’, ‘‘Estudos de português’’ e outros didáticos. Ativo até quando a saúde permitiu, publicou seu último livro há apenas três anos, quando tinha 91 anos: ‘‘Símbolos nacionais na Independência’’. Antes, escrevera um trabalho sobre a gíria militar. Ele morreu no último dia 20, de problemas respiratórios, aos 94 anos. Deixa viúva Nilza Silva Correia e o filho, general Jonas Neto, de seu casamento com Valmirina Ramos Correia.” Tive imensa alegria de conhecer “de visu” esta admirável senhora.
Foi um dos fundadores dos Institutos: Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, de História e Geografia Militar do Brasil, de História Militar Terrestre e dos Centenários. Estava entre os renomados conferencistas. Igualmente, um caráter.

Nas nossas sessões, as flores vegetais e humanas mesclavam-se dando o exemplo de pleonasmo.
A luminar do magistério, Profª Hilda Reis Cappucci, professora do Colégio Pedro II, invulgar cultura em ascensão, uma brilhante estrela numa constelação cívica, recebia flores das mãos da professora estadual, de exuberante cultura, Zoraida de Borba Freire.
A professora Hilda, sempre lembrada, era espo sa do brilhante professor e jornalista Victor Zappi Cappucci, este e a professora Zoraida meus companheiros de fundação do Instituto.











O jovem amigo Rutonio Jorge Fernandes de Sant´Anna, um líder entre os funcionários da Biblioteca Nacional, deixa-me sempre muito honrado com suas carinhosas palavras, embora eu saiba que o são com ótica muito aumentada.

Em 1959, preocupado com a cobiça por parte de potências “amigas”, em relação às riquezas da Amazônia, sabendo da inveja que elas têm, considerando a necessidade de uma integração de Norte a Sul e de  Leste a Oeste, pedi a meu querido filho,  à  época com nove anos (hoje engenheiro bem sucedido, com pouco mais de sessenta, graças a Deus bem casado, com  duas filhas, a primogênita casada, genro, com uma netinha, de quatro anos, muito inteligente), para figurar como um nortista que desejava conhecer a Capital de nosso país. Brasília foi inaugurada em 21 de abril de 1960.  
Eu possuía amigos na saudosa Panair do Brasil e, com intervalo de quatro meses, eu o levei ao Aeroporto na “chegada” e no “retorno”, passando por cicerone dele, período em que ele visitou instituições históricas, inclusive Igrejas, Bibliotecas, Museus, Corporações militares conheceu e Jardins tradicionais, a par de Monumentos.   
A medida que se aproximava o dia de Piraúna retornar, nas três ou quatro noites antecedentes, eu vi suas lágrimas aflorarem. Ele tudo fazia para não demonstrar sua emoção, que não era menor que a nossa. Minha mulher e eu sentiríamos muito sua falta, conforme ocorreu. Muitas vezes ouvi dele: “Meu coração está chorando, dividido...” Mas, no seu embarque, que “força” para não exteriorizarmos nossas emoções. Chegamos ao Aeroporto “em cima da hora”. Procuramos encorajá-lo e as despedidas foram rápidas. As aeromoças  o  aguardavam.  Foi  só  o  tempo  de  acesso,  um  adeus  e  a  fotografia.
Depois de mais de cinco décadas, registro meus sensibilizados agradecimentos aos meus inesquecíveis Homônimo e aos  amigos da sempre lembrada Panair do Brasil.

Em julho de 1983,  recebi  uma cartinha sua, retratada abaixo, acompanhada dessa foto colorida,  quando  tive a alegria   de saber que ele vive em Manaus  e  é  um  engenheiro bem sucedido. 




























Em 2007, em julho, como homenagem aos XV Jogos Pan-Americanos, realizados nesta nossa bela Cidade, verteu para o inglês “RIO DE JANEIRO Beleza e Aspectos Históricos”, de minha autoria, tendo eu recebido bela carta do Dr. João Havelange, LE PRÉSIDENT D`HONNEUR, da FIFA.






Do Monumento foi um "pulo" para chegarmos à Escola Técnica do Exército, hoje Instituto Militar de Engenharia. O Oficial que nos recebeu, o que não foi de estranhar, gostou muito de Piraúna, dizendo-nos que tinha um filho também de nove anos. Mostrou-nos todas as dependências da Escola e ao despedir-nos beijou a testa de Piraúna, desejando-lhe  felicidade.







Quando me ufano da Melucha tenho minhas razões. Ela sempre foi a grande companheira. Em muitas fes- tas ela tocou violão e cantou; participou de audições de teclado. Compôs e declamou. Na solenidade em que co- memorávamos o centenário de nasci- mento do jornalista Assis Chateaubriand, o inesquecível fundador dos “Diários Associados”, houve necessidade de que ela secretariasse a sessão e ela o fez (de blusa vermelha), trazen do de berço as qualidades de seus pais Dr. Dario Noronha e D. Adalzira Braga Noronha, afirmando que  ela é ma ótima esposa, extraordinária mãe, igualmente, cunhada, tia, sogra, avó, bisavó e amiga. À minha direita, é visto o Dr. José Chamilete, diretor do “Jornal do Comércio”. As duas cabeças são do Dr. Henrique Cândido Cavalcanti de Albuquerque e do senador Benjamin Fara

CENTENÁRIO  DE  NASCIMENTO  DO  GENIAL  ALBERTO  SANTOS-DUMONT
Antecipamos a  nossa  sessão solene para não coincidir com a Semana da Asa que enquadra o dia 20 e, oficialmente,  todas as Unidades da Aeronáutica  têm  a sua cerimônia.
Remeti os ofícios e os  convites, sempre como os demais,  bem  apresentáveis.



Esse painel foi pintado, no Salão acima da garagem da Irmandade, voltado para a Praça Monte Castelo, e que passaria a ser denominado Salão Santos-Dumont, graças ao Dr. Eduardo Joaquim Baptista Filho, um dos fundadores do Instituto, que foi a Madureira à procura de um amigo de infância, excelente autodidata, Delaíde Ferreira do Amaral (o mais moreno), ambos vistos nas fotos abaixo.








Quando pensei em fazer o Blog, com assuntos mais diversos,  fiquei admirado com o quanto produzimos.

O inesquecível então representante do Brasil na Itália, Embaixador Itamar Franco, que, quando era vice de Fernando Collor de Mello, ingressou no Instituto dos Centenários, encaminhou-me essa carta e eu a incluo por considerá-lo um político honesto, digno de ser sempre relembrado. Antes de eleger-se senador me telefonou duas vezes, de Juiz de Fora onde residia.