Um companheiro que casualmente passou pela Igreja e deu uma subidinha ao primeiro andar, presenciou aquela tristeza; deu-me um telefonema contando o fato. Informou-me ainda que ia comunicá-lo a outros confrades do Instituto dos Centenários. Dias depois as correspondências começaram a chegar. Coincidentemente, a Sra. Rosângela Alves da Silva, de Família das mais tradicionais e respeitadas da Irmandade, a par do conhecimento profundo do Compromisso, que foi editado algumas vezes mas sem mudar sua essência, entrou para a Irmandade ainda menina, deu-me um telefonema informando-me que o Dr. Aldemário Ezequiel dos Santos, diante do painel, lhe perguntara: o que significa isto ? E ela informou-lhe é coisa do Dr. Nylton e ele disse-lhe não tem nada haver, mandando passar duas demãos de Suvenil branco.
O primeiro a se manifestar foi o coronel professor José Guilherme de Moraes Neto. Na página seguinte a sua exteriorização É um valoroso representante do Corpo de Bombeiros.
O coronel Milton Luiz Portella Leitão é um admirável valor de cultura e civismo, dotado de um forte espírito familiar, foi secretário-geral do Instituto dos Centenários demonstrando um grande desempenho, aliando muitos atributos de cidadão e de militar ao ângulo didático.
O coronel BM José Guilherme de Moraes Neto é um admirável militar e professor universitário.
O General de Exército Jonas de Morais Correia Neto, ex-comandante das Regiões Sul e Sudeste, é um dos extraordinários valores culturais e morais de nosso país, premiando o Instituto dos Centenários com a carta abaixo. Brilhante conferencista, falou várias vezes no Salão Santos-Dumont. O general Jonas foi atuante presidente do I.G.H.M.B.
Foi Ministro de Estado das Forças Armadas. Sempre brilhante e incorruptível.
Ah! Se todos nossos patrícios fossem como o General Jonas Correia Neto, seríamos o povo mais feliz do planeta com exemplos desta natureza.
O doutor Sylvestre Gonçalves da Silva, é advogado, empresário, integrante da Direção da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, Irmão da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, Provedor Jubilado da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, ex-presidente do Conselho Deliberativo do Instituto dos Centenários, do qual é Benemérito, e membro da Liga da Defesa Nacional. É ex-chanceler da Soberana e Militar Ordem de Malta e Cidadão Carioca, por proposta do inesquecível deputado Levy Neves.
A ex-deputada Lygia Maria Lessa Bastos, desde a Câmara de Vereadores à Câmara dos Deputados, em 36 anos ininterruptos, fez parte da Comissão que construiu o Monumento-Altar a São Sebastião, que se reunia no então Consistório da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, e está entre os fundadores do Instituto dos Centenários. É uma das grandes mulheres de nosso país, tendo como alicerce os bons princípios de seus pais general professor José Lessa Bastos e senhora Maria Flora Lessa Bastos, sendo neta do general João Gomes Ribeiro Filho, Ministro da Guerra em 1935.
Continuação da carta da professora Lygia Maria Lessa Bastos
O doutor Eduardo Joaquim Baptista Filho, meu genro-filho que, com permissão de seus ótimos pais, eu trato assim desde a fundação do Instituto dos Centenários, em 19 de novembro de 1965, quando minha filha Adalzira Noronha Fontes Baptista e ele eram noivos e ambos se tornaram fundadores do Instituto.
Em 1973, o Eduardo, que me apresentara ao Delaíde, levou-o à Igreja para que este pintasse o painel. Não é demasiado repetir que o Eduardo é um admirador dos poetas e compositores, inclusive declama poesias de Olavo Bilac; Vozes d’África e Navio Negreiro de Castro Alves, O “Cantor da Liberdade”.
O casal de professores universitários Guttemberg de Luna Freire e Helena Rangel de Luna Freire reúne inteligência, cultura, altruísmo, dedicação à família, lealdade e simpatia. Os dois têm um lindo “curriculum vitae”. Possuem uma filha casada e um jovem, Gláucio Rangel de Luna Freire (hoje um brilhante advogado) , que teria ganhado o prêmio de melhor monografia no Concurso comemorativo do centenário de Lindolfo Collor, em 1990, se não tivesse assinado o trabalho, conforme decisão da Comissão constituída dos Srs. embaixador Donatello Grieco, jurista Luiz Fernando Whitaker Tavares da Cunha, general Flamarion Pinto de Campos e professores Trajano Garcia Quinhões e Irmão Marista Gonçalves Xavier.
O coronel da Aeronáutica Jorge Abganem Elael é um dos valores cívicos do país. Há muitos anos, como integrante do Instituto dos Centenários e benemérito da Liga da Defesa Nacional, a par de seu prestígio nos Clubes de Aeronáutica e Militar, tem sido um propulsor de nobres causas. É um dínamo a serviço do bem, buscando congregar as pessoas de boa vontade. É um líder nato.
A professora Maria Eugenia Carneiro da Cunha e Mello foi diretora por muitos anos da Escola Municipal Ruy Barbosa e é autora de vários bons livros. É, também, vice-presidente da Associação dos Ex-Alunos do Instituto de Educação. Era uma flor humana e, pelo seu valor, será sempre lembrada.
O jornalista Hernani da Silva Flores é aposentado na área da comunicação, sendo um dos grandes homens desta encantadora cidade. No saudoso matutino "Diário de Noticias", era a pessoa de confiança da família Orlando Dantas. Quando o jornal entrou em decadência, o jornalista Hernani da Silva Flores, à maneira do comandante que vê seu navio naufragar, sendo o último a sucumbir, suportou a queda do jornal, saindo pobre, para começar um novo caminho. É um dos patrícios de grande retidão moral. Nessa fase, revelou-se um excelente artista plástico. No período da Comissão de São Sebastião foi um dos que mais trabalharam pela causa. É fundador do Instituto dos Centenários. Gratíssimo eu estou a quantos entenderam manifestar-se mas, a par do frei Gaspar, calculo que o jornalista Hernani Flores, ainda em convalescença de preocupante enfermidade, tenha feito um enorme esforço para redigir o seu descontentamento, o que me deixa altamente sensibilizado.
As senhoras doutora Iris e Thereza Lopes são minhas amigas de juventude; valorosas patrícias que amam a cultura-geral e a solidariedade Ficaram consternadas ao saberem da destruição do painel dedicado a Santos Dumont, que apreciaram muitas vezes, enviando-me a carta reproduzida abaixo:
O coronel professor Diofrildo Trotta, sem diminuição a quem quer que seja é uma figura admirável. Tenho a honra e a alegria de haver sido seu colega de infância. Seus pais e os meus foram amigos de juventude. Em certa altura da vida cada um de nós seguiu sua trajetória profissional, mas a amizade é a mesma. Seu inesquecível irmão Fredímio subiu ao céu muito cedo. Quer na vida militar, quer como advogado militante na Justiça do Trabalho do Rio, ratificou a firme personalidade peculiar à família Trotta.
O embaixador Vicente Paulo Gatti, ao qual passei a admirar e a estimar, há muitas décadas, por intermédio do saudoso mestre Agrippino Grieco, ao tempo em que ele era representante do Brasil na Nicarágua, depois de haver passado pela Bélgica e pela Finlândia, não me surpreendeu com seu gesto. O embaixador Gatti é autor de muitos bons livros e de muitas composições musicais. É um excelente conferencista. Foi um propulsor de conjuntos vocais, chegando a ser presidente do Coral Excelsior, que ajudou a fundar, em 1973, sob a regência do maestro Ciro Braga com o apoio da corista Filomena Maisano. Também é um grande amigo do embaixador Donatello Grieco.
O doutor Rubem Baptista Chaves é um dos patrícios muito respeitados na sociedade carioca. Como empresário na área farmacêutica, sobretudo em termos de criação de bons produtos, possui um respeitável conceito. É integrante de inúmeras Irmandades, como as de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento da Candelária e Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. dos Homens Pretos. Ele e sua digníssima senhora, doutora Iêda Beltrão Chaves, por muitos anos prestigiam as sessões do Instituto dos Centenários.
Embaixador Donatello Grieco: seu nome já é um "curriculum". É uma legenda. Foi representante do Brasil, em diversos dos principais países. Por muito tempo desempenhou o cargo de Encarregado dos Assuntos Culturais do ltamaraty.
O coronel Ex. Renato Ribeiro da Silva é um militar de escol. Cristão autêntico. Tornamo-nos amigos no princípio de 1980, no início das comemorações do Centenário do Duque de Caxias, e de lá para cá prestigiou o Instituto dos Centenários, participando de inúmeras de suas festividades, quando conheceu bem o painel de Santos Dumont. Nesta trajetória de muitos anos, somente atitudes de solidariedade humana observei nos gestos do coronel Renato. Ótimo esposo, pai e amigo. Participa dos trabalhos de Irmandades religiosas. Foi comandante do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, onde realizou ótimo trabalho.
A professora Zayra Coutinho Chaves Duarte trabalhou na Comissão que levantou o Monumento-Altar a São Sebastião e foi quem redigiu a ata de fundação do Instituto dos Centenários É detentora de apreciável “curriculum vitae”. É diplomada pelo Instituto de Educação da Universidade do Brasil. Por concurso, é Técnica de Educação; Administração Escolar; Relações Humanas; Medidas de inteligência e personalidade; Psicologia (da criança ao adolescente); Literatura Infantil; Revisão de conteúdo de Português; Regência de Hinos; e Educação Moral e Cívica. Desenvolveu a função de Fiscal do Setor de Internamento de Menores, de Supervisora de aplicação de testes vocacionais da Fundação Getulio Vargas, e Aulas, para psicólogos, testes vocacionais em Minas Gerais (BH).
A doutora Neyde Costa de Castro Leal, advogada e formada em Ciências Contábeis , é diplomada pela Escola Superior de Guerra e integra a ADESG. É membro da Academia de Letras do Estado do Rio de Janeiro, da Academia Brasileira de Jornalismo, da Liga da Defesa Nacional, do CECM do Clube Militar e do Instituto dos Centenários. Fiquei muito sensibilizado com esta carta pelo fato de, em bilhete à parte, ficar sabendo que a doutora Neyde me escrevia de uma Casa de Saúde por motivo de enfermidade. Em 1998, pelo Conto “Conservatória em Serenata” recebeu medalha de ouro, 1º lugar, no Concurso instituído pela Editora Valença S.A..
O professor Rutonio Jorge Fernandes de Sant’Anna é bibliotecário consultor e pesquisador, com várias especializações, inclusive Consultoria de Bibliotecas só para crianças. Pela segunda vez, é presidente da ASBN, Associação dos Servidores da Fundação Biblioteca Nacional . É um admirável jovem que, sem prejuízo da família, consegue ótimo desempenho profissional. É digno de louvores. Não me surpreendeu com sua manifestação. É muito querido também no Instituto dos Centenários.
Acredito que por sua ligação com o espaço aéreo, a confrade no Instituto dos Centenários, senhora Lígia de Bastos Oliveira, tenha sentido mais do que os outros essa perda. Ela foi a primeira aviadora goiana brevetada pelo Aeroclube do Brasil e recebeu o diploma de piloto aviador civil internacional, das mãos do coronel Lysias Rodrigues, em cerimônia presidida pelo então governador do Estado, doutor Pedro Ludovico Teixeira. A aviadora Lígia secretariou a Organização das Voluntárias do Estado de Goiás, fundada pela senhora Ambrosina Coimbra Bueno, então primeira dama do estado, voltada à assistência aos pobres e velhos. É samaritana socorrista e, como voluntária, apresentou-se para servir na Força Aérea Expedicionária Brasileira. Já no Rio de Janeiro, trabalhou no Ministério da Saúde ao lado do sanitarista ministro Mário Pinotti e do professor Lopes Rodrigues. Seu “curriculum” ocuparia páginas e páginas. Seu nome é uma expressão sinônima de solidariedade, coragem, lealdade, civismo, altruísmo e mais um sem número de atributos.
Ao final da sessão em que o doutor Sylvetre Gonçalves da Silva foi orador, um grupo de partícipes posou para a foto retratada ao lado, vendo-se da esquerda para a direita: coronel Damião Mendonça de Santana, general Miguel Santos, profes- sores Samira Khury de Andrade, Achilles Leão de Jesus, Maria da Conceição Noronha Fontes, Zayra Coutinho Chaves Duarte, Ma- noel Campos dos Santos, doutor Lincoln Faria de Moraes, ministro Venâncio Igrejas (presidente da sessão), juiz classista Iolando Pe- reira de Souza Guerra, casal doutores Ilka Scarano e Sylvestre Gonçalves da Silva, professores Haroldo Sumner Negrão e Luiz Edmundo Paz, doutores Nylton Lago Ilhas Fontes (secretário-geral) e Osmar José da Cunha e Mello, chefe escoteiro Victor Alexander Auguste e professores Waldemar da Costa Azevedo Filho e La-Fayette Côrtes Filho que tem à sua direita a senhora Ernestina Garritano e o jornalista Apulcho Prestes de Muros.
DOIS EX-PROVEDORES DA IMPERIAL IRMANDADE DE N. SRA. DA GLÓRIA DO OUTEIRO
Nessa reunião, em que o doutor Sylvestre Gonçalves da Silva foi o orador, é visto na foto ao lado do saudoso confrade publicitário e poeta Pedro de Alcântara Worms, que fora provedor da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro. Tenho certeza de que este valoroso amigo se vivo fosse teria sido um dos primeiros a se manifestar contra esse absurdo, pois elogiava com freqüência a grande alegoria. Muitos que conheceram a linda obra já estão no céu e, por isto, em memória deles, sinto-me no dever de exteriorizar o absurdo praticado e os que não o conheceram poderão, pelas fotos, ter uma idéia do que foi destruído por tamanha incoerência.
AOS OFICIAIS SUPERIORES DA AERONÁUTICA DE QUALQUER TEMPO
Lembro-lhes a viabilidade de ajudar, pelo seu excelen- te programa, a robustecer o nome de nosso genial patrício ALBERTO SANTOS-DUMONT como o autêntico INVENTOR DO AVIÃO.
Os EUA desejam sempre a supremacia em tudo. No caso, alegam que os ensaios dos Irmãos Wright (Orville e Wilbur) eram sigilosos, quando Santos-Dumont já assombrava o mundo, na França, com suas invenções. O balão livre, denominado Brasil, e mais vinte numerados. Com o nº 14 ele alçou vôo no 14 BIS, e, dois anos depois, o dos Irmãos Wright .
Possuo um dossiê a respeito da comprovação de que nosso patrício Alberto Santos-Dumont foi o primeiro ser humano a voar, usando o mais pesado do que o ar. Através do confrade e amigo Rutônio Jorge Fernandes de Sant’Anna, um dos funcionários mais ilustres e dinâmicos da Biblioteca Nacional, que por sua vez recorreu aos préstimos de sua colega Eliane Perez, solicitei às autoridades de St Louis um Catálogo da Exposição Internacional, realizada em 1904, comemorativa do centenário da compra, pelos Estados Unidos à França, em 1804, do Território, hoje Estado de Louisiana, entre o Texas e o Mississipi, no Golfo do México, enquanto Santos Dumont, em Paris, surpreendia o mundo com a conquista do espaço, naquela Exposição, na qual o Brasil estava entre os 50 partícipes (com o Pavilhão Monroe), os Estados Unidos nada apresentaram de concreto. Alegam, hoje, que seus vôos eram sigilosos.
“Barqueiros do Volga?”, Tentam deslocar a torre? - Não. Auxílio na tentativa de verem voar o aparelho dos irmãos Wright. Compare a foto de “O Globo” c/ a de cima.
viu como propulsor para o “14 BIS”, o mais pesado que o ar, bem destacado no painel. Acima dele, vemos o foguete à lua e o “Concorde” que por ocasião da feitura do painel eram os engenhos mais recentes. Pelo ensejo e a título de divulgação, na folha seguinte, incluo nestas páginas a foto, de minha autoria, feita em 1959, quando levei Piraúna, personagem de meu livro “Um Nortista no Rio de Janeiro”, à Escola de Aeronáutica, ainda nos Afonsos, onde estava uma das maiores preciosidades do país, o CORAÇÃO DE SANTOS - DUMONT.
Quando Santos-Dumont faleceu, em Santos, foi pedida permissão a seu irmão Henrique para que o tórax de seu mano fosse aberto, e retirado seu coração para permanecer como uma grande relíquia. O embalsamento foi realizado pelo Dr. Walter Haberfeld, notável médico austríaco, professor da Faculdade de Medicina de São Paulo.
PATRÍCIOS: PRECISAMOS MOSTRAR SOBRETUDO AOS NOSSOS JOVENS A VERDADE DOS FATOS. QUANDO EM 1969 OS AMERICANOS DESEMBARCARAM NA LUA, ALEGANDO - DIZIAM ELES - UMA HOMENAGEM A SANTOS-DUMONT FINCARAM UMA BANDEIRA EM QUE DIZIAM QUE NOSSO PATRÍCIO FORA ÚTIL À AERONÁUTICA. NÃO FALARAM CLARAMENTE QUE ELE FOI O PRIMEIRO HOMEM A VOAR NO APARELHO MAIS PESADO DO QUE O AR.
Se vivos fossem, os brilhantes Marechais do Ar Eduardo Gomes e Márcio de Souza Mello, oficiais que se sucederam à frente do Ministério da Aeronáutica, desde que tomassem conhecimento daquela incoerência teriam protestado energicamente.
Por considerar que a obra de nosso genial patrício ALBERTO SANTOS-DUMONT é uma das maiores de todos os tempos, aproximou as civilizações, há muitos anos, junto à Aeronáutica, mantenho vínculo.
Nessa casa, em Cabangu, na antiga cidade de Palmira (Minas Gerais), hoje Santos Dumont, residiam o engenheiro Dr. Henrique Dumont e a Sra. Francisca Santos-Dumont. O casal, em 20 de julho de 1873, teve Alberto Santos-Dumont,. que daria Asas ao Mundo. Ambos tiveram mais sete filhos, cinco mulheres e dois homens, totalizando oito filhos. Alberto tornar-se-ia o herói dos ares.
Qualquer referência que se faça ao nosso genial patrício será pequena diante do quanto ele significa para o Mundo.
Em termos de maior grandeza de uma árvore não podemos esquecer de suas raízes. Os mais possantes aparelhos são a continuidade de sua invenção.
No País de Vitor Hugo, ele assombrou o mundo com sua invenção. Ele “ditou” a forma de se vestir diante dos jovens parisienses.
Construiu o balão livre (voava ao sabor dos ventos) e mais vinte dirigíveis. Sofreu vários acidentes. Com o nº 6, antes de sobrevoar a Torre Eiffel, tentou apagar uma chama com o chapéu e colocou-o amarrotado na cabeça. Ao descer foi fotografado e no dia seguinte os jovens da Cidade Luz passaram a imitá-lo. É a foto oficial, da mesma forma que o é no colarinho /gravata.
Santos-Dumont,
Pai da Aviação.
“O meu primeiro balão,
o menor,
o mais lindo,
o único que teve um nome: Brasil”
SANTOS-DUMONT TENDO SIDO UM VISIONÁRIO, NO CÉU ESTARÁ ESPERANDO STEVE JOBS: TAMBÉM UM SONHADOR, POR ISTO EU O INSIRO NA PARTE DE NOSSO
GENIAL PATRÍCIO. AMBOS ANDARAM À FRENTE DO SEU TEMPO. OS DOIS INVENTARAM O FUTURO.
Os jornais do mundo inteiro devem estar hoje, 06/10/2011, como o nosso “O Globo” noticiando esta infausta notícia.
Santos-Dumont visualizou a aproximação das civilizações pelos ares e Jobs pelo solo, guardadas as proporções das épocas.Santos-Dumont nasceu no dia 20 de julho de 1873, em Cabangu, no distrito de João Aires,
DÉDALO e ÍCARO Voo (à maneira dos pássaros); figuras mitológicas, bem diversas do triunfante Santos-Dumont.
Até o hidrogênio para seus balões era trabalho fecundo de Santos-Dumont, embora um grupo o ajudasse ardorosamente.
Santos-Dumont, a par de sua preocupação com seus dirigíveis, se divertia como ás do volante.
Ainda iria construir dezenove.
Santos-Dumont, pela versatilidade, ao sair e entrar em casa, chamava atenção dos vizinhos e outros curiosos.
O “Nº 3” o mais desconhecido dos dirigíveis de Santos-Dumont.
SANTOS-DUMONT , por diversos ângulos, propiciou um fértil campo aos caricaturistas da época. Aqui está um exemplo.
O“Nº 6” no dia em que Santos-Dumont conseguiria uma de suas maiores glórias, o Prêmio Deutsch de La Meurthe.
Os nobres tiravam a cartola, num gesto espontâneo e irresistível, diante do espetáculo no céu de Paris.
Santos-Dumont, pela versatilidade, ao sair e entrar em casa, chamava atenção dos vizinhos e outros curiosos.
Em St. Cloud
Depois de dispensar o balão que o sustentava, Santos-Dumont procurou a estabilidade para o “14bis” utilizando-se de um burrico.
Dificilmente se consegue a vitória plena, sem dissabores, e estes, às vezes, são o estímulo para o triunfo. Santos–Dumont em alguns acidentes buscou melhor experiência. No acidente com o “N° 1”, quando quase perdeu a vida, serviu para aprimorar seus objetivos.
VOO DO 14 BIS, DE SANTOS DUMONT E, ANOS DEPOIS, DOS IRMÃOS WRIGHT
Possuo um dossiê a respeito da comprovação de que nosso patrício Alberto Santos Dumont foi o primeiro ser humano a voar, usando o mais pesado do que o ar. Através do confrade e amigo Rutônio Jorge Fernandes de Sant’Anna, um dos funcionários mais ilustres e dinâmicos da Biblioteca Nacional, que por sua vez recorreu aos préstimos de sua colega Eliane Perez, solicitei às autoridades de St Louis um Catálogo da Exposição Internacional, realizada em 1904, comemorativa do centenário da compra, pelos Estados Unidos à França, em 1804, do Território, hoje Estado de Louisiana, no Golfo do México. Enquanto Santos-Dumont, em Paris, surpreendia o mundo com a conquista do espaço, naquela Exposição, na qual o Brasil estava entre os 50 partícipes (com o Pavilhão Monroe), os Estados Unidos nada apresentaram de concreto. Alegam que seus voos eram sigilosos.
A GRANDE DATA: 23 DE OUTUBRO DE 1906.
O “Nº 20”, era o avião mais veloz da época e custava 7.500 francos. Foi industrializado.
A “Libélula” (Demoiselle), que marcou um dos grandes inventos de Santos-Dumont, transportada pelo inventor em seu pequeno “Charron”. Esse avião (com o piloto) pesava somente 110 quilos.
Estas fotos de minha autoria foram feitas quando o prédio do hotel já era ocupado pela Universidade Católica de Petrópolis. Melucha, eu e as então crianças, visitamos o Museu que guarda biblioteca e objetos pessoais de um dos maiores gênios do mundo.
Um aspecto do interior da “A Encantada”, apresen- tando a sala de jantar e o dormitório do Condor hu- mano. Petrópolis.
Em janeiro de 2005, em camisas na cor branca, com a estampa do Coração de Santos-Dumont na altura do tórax, entre aos que ofereci, mandei uma ao Pres. Lula. O agradecimento está retratado abaixo.
Cada uma das pessoas que conheciam a obra, ficava impressionada com a perfeição do trabalho que, segundo dois professores da Escola de Belas Artes, que estiveram na inauguração, não o fariam por menos de seis milhões de cruzeiros (era a moeda da época), no período de uma semana. No entanto, o jovem autodidata Delaíde Ferreira do Amaral, levado pelo meu genro e confrade doutor Eduardo Joaquim Baptista Filho, fizera-o em menos de 48 horas ininterruptas. O funcionário senhor Reginaldo Rocha foi à loja Mar das Tintas, comprar tinta Suvenil, conforme pedido do Delaíde. A par, pediu uma escada de abrir e executou o trabalho, ininterruptamente, até a véspera da inaugu ração. Eu afixei as fotos na parede, dentro da importância de cada uma e, no canto à direita, a foto do “Concorde” que à época fora lançado.
Por considerar um absurdo, sem acusar quem quer que seja, o fato de todos os países do mundo lançarem seus aviões e muitos de nossos patrícios desconhecerem o verdadeiro inventor desse grande transporte, eu teitei que o Governo determinasse ao Itamaraty que nas Embaixadas brasileiras fosse colocado um retrato de Santos-Dumont com a inscrição “O inventor do Avião”, assim como nas portas de nossas aeronaves retrato e legendas semelhantes.
À época, Depositário titular da Justiça do Trabalho da 1ª Região, sabendo do espírito cívico do Presidente do Tribunal, mandei confeccionar cinco carimbos, para as Seções principais e solicitei a S. Exa. que baixasse um Ato determinando que durante o ano das comemorações todos os processos fossem carimbados. Isto trouxe-me problemas.
De alguns colegas ouvi algumas críticas, porque recebiam mais trabalho. Pior do que isto foi quando procurei, com permissão do Brigadeiro Salema, o comandante do III COMAR (à época coronel). Identifiquei-me junto a um cabo da Guarda, passando-lhe às mãos um cartão.
Minutos depois, o cabo, de maneira gentil, introduziu-me no gabinete do Coronel que se encontrava sentado à mesa, voltado para a porta. O Coronel mandou-me sentar. Disse-lhe: “Coronel, na qualidade de secretário-geral do Instituto dos Centenários e em virtude da aproximação do Centenário do genial Santos-Dumont...” Iria perguntar-lhe (o Brigadeiro Salema já estava a par) se seria possível seu Comando incluir na Programação do evento a cerimônia e a exposição iconográfica do “Pai da Aviação”. Naquela altura, interrompeu-me e exteriorizou as seguintes palavras: “Desejo lhe dizer que não temos dinheiro”. Incontinenti , com o dedo em riste, levantei-me e lhe disse: “Coronel! Eu não vim pedir dinheiro, nem buscar nada. Eu vim trazer o que o Sr. não possui: espírito cívico. Vou me retirar como protesto e direi ao Brigadeiro como fui recebido.” - Falou-me: “O Sr. está nervoso. Espera um pouquinho. Vou lhe oferecer um cafezinho.” Alguém abriu a porta para ver o que ocorria. Eu, meio irritado, respondi-lhe: “Muito obrigado, eu quero é me retirar.” E o fiz. A seguir, por telefone, dei conhecimento ao Brigadeiro, no que ele lamentou e pediu desculpas pelo que não fez. Lembrei-me do grande Rui, ao pronunciar a ”Oração aos Moços”, em 1928, quando foi paraninfo de uma turma de advogados.
Só Deus sabe do meu desprendimento da vida material e da luta que eu desenvolvia para colocar meus deveres profissionais em primeiro lugar.
Enquanto eu pensava em pesquisar centenários, sesquicentenários., etc., enquadrados dentro dos doze meses e convidar os oradores adequados, a par de me ajustar aos dias e horário, a princípio, do Real Gabinete e depois da Igreja, sempre estive atento a problemas dos quais eu tomasse conhecimento.
A multidão, na Praça da Sé, em São Paulo , aguardando a chegada do corpo, que ficou na cripta da Catedral. Morrera em Santos.
Aspecto da massa humana que acompanhou Santos-Dumont à última morada.
O RIO DE JANEIRO PRESTOU GRADES HOMENAGENS FÚNEBRES A SANTOS-DUMONT: Enorme multidão - constituída de pessoas de todas as classes e idades – acompanhou o cortejo. Passagem pela Av. . Passagem pela Av. Rio Branco
21 de dezembro de 1932: HOMENAGEM AO HERÓI. Aspecto da massa humana que acompanhou Santos-Dumont à última morada.
Um temporal que inundou a cidade, no dia 21/12/1932, não impediu que as homenagens fúnebres a Santos-Dumont fossem das mais expressivas. Um aspecto da chegada do cortejo ao Cemitério São João Batista.
SANTOS-DUMONT. Aspecto tomado durante a celebração do ato litúrgico fúnebre na Catedral, vendo-se, em primeiro plano, muitos estudantes do Colégio Pedro II.
O GRAF ZEPPELIN, QUE ASSOMBROU O MUNDO, ESTEVE NO BRASIL DUAS VEZES. Pela primeira vez, aqui chegou em maio de 1930.
Uma das fases da construção do Monumento a Santos-Dumont. De 1922 (ideia) a 1942 (inauguração). Esta seção do trabalho para a obra, representa as vítimas da aviação. Projetado e esculturado pelo artista Amadeu Zani.
Outra fase da construção, vendo-se o artista Zani, representa o grupo de homens que continuam a aperfeiçoar o voo e, mesmo caindo, deixam a chama da fé e da vitória no trabalho.
Cidadãos que trabalharam, de várias formas, para a concretização do Monumento localizado na praça fronteira ao Aeroporto.
Na Av. dos Aviadores, em frente ao Aeroporto Santos-Dumont, está o Monumento ao “Pai da Aviação”. Foi o sonhador desde criança.
A Força Aérea Brasileira, partícipe da vitória nos céus europeus, foi da maior utilidade até os últimos momentos de repouso eterno de nossos patrícios no seu Monumento. Rio, 22/12/1960. Foto de minha autoria.
Solicitei à minha neta Paula que, com base no logotipo usado pela Aeronáutica, concebesse um com o acréscimo do Balão livre e do 14 Bis para ser impresso no material de Secretaria.
Nesse diploma, embora tenha meu nome, eu o dedico a quantos participaram do evento, desde o senhor Reginaldo Rocha, que tratava do salão, do pintor Delaíde, dos confrades, até o presidente mestre Agrippino Grieco.
Um casal de educadores que merece ser, permanentemente, destacado como os que atingem o zênite, é o professor Joaquim Arsênio Benedicto Ottoni Junior, glorioso febiano, e sua esposa professora e escritora Margarida Benedicto Ottoni. Ele é primo irmão da embaixatriz Regina Ottoni Gatti, poetisa (um nome que me parece mais simpático) de primeira grandeza, esposa do querido embaixador, maestro, escritor e conferencista de escol, Vicente Paulo Gatti.
No dia seguinte à minha ida à Praça das Nações, com uma ótica aumentada, o professor Ottoni Jr. encaminhou ao Diretório Tijuca a mensagem vista ao lado desta página.
A iniciativa da publicação, em apenso ao Boletim da Liga da Defesa, foi do almirante Mario Afonso Monteiro.